sexta-feira, 29 de julho de 2011

Malaquias Parte 3

A desonra dos sacerdotes e o questionamento de DeusO filho honra o pai, e o servo ao seu amo; se eu, pois, sou pai, onde está a minha honra? e se eu sou amo, onde está o temor de mim? diz o Senhor dos exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que temos nós desprezado o teu nome?
Ofereceis sobre o meu altar pão profano, e dizeis: Em que te havemos profanado? “Nisto que pensais que a mesa do Senhor é desprezível.” Malaquias 1: 6 e 7
O texto grego melhor traduzido no verso seis sacerdotes que menosprezais o meu nome...”, ou seja, dar um valor inferior ao que Deus merece, torna mais claro do que a tradução em português, não era desprezo, mas sim pouca importância as ofertas para o criador.
Note este menosprezo era cometido pelos sacerdotes, mas o povo devia repreendê-los e por não reprimir os sacerdotes todo o povo estava sobre o peso da palavra de Deus.
Nos versos 9 e 10 ,  Deus diz que prefere que não haja sacrifícios e ofertas, porque não tem prazer no que o povo fazia.
Ate as nações tinham mais respeito do que o povo que deveria honrá-lo. Mas vós o profanais, quando dizeis: A mesa do Senhor é profana, e o seu produto, isto é, a sua comida, é desprezível.
Dizeis também: Eis aqui, que canseira! e o lançastes ao desprezo, diz o Senhor dos exércitos; e tendes trazido o que foi roubado, e o coxo e o doente; assim trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mão? diz o Senhor”. Malaquias 1: 12 e 13.
A versão grega do verso 12 diz assim “vos porem a profanais no vosso dizer: a mesa do Senhor poluída esta, e sobre ela desprezam-se os seus manjares...” esta e uma tradução quase literal do texto.
A mesa de Deus estava poluída porque os sacerdotes traziam ofertas defeituosas para o sacrifício.
No verso 13 o texto grego e bem diferente da tradução em português. ”e dissestes Vê, sofrimento é ,  e soprei-os longe diz o Senhor Todo Poderoso”
Os sacerdotes olhavam para a mesa e diziam “que canseira”, sofrimento é (no original).
Nesta parte a tradução em português esta assim
“que canseira, e o lançastes ao desprezo” como se os sacerdotes estivessem lançando em desprezo, mas o texto grego diz que Deus e quem sopra para longe toda aquela oferta poluída.
Continuamos na próxima.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Malaquias Parte 2

A Profecia começa com “Peso da palavra do Senhor contra Israel pelo ministério de malaquias” Malaquias 1.1
O texto grego do velho testamento (septuaginta) pode ser traduzido assim: “Encargo da palavra do Senhor nas mãos de seu mensageiro”
Vemos logo de inicio que este “peso e encargo”, eram uma tarefa de trazer uma repreensão ao povo.
O livro esta entremeado com seis perguntas irônicas feitas por Israel e o Criador as responde de um modo vigoroso, mas demonstrando também o amor que tinha por seu povo.
Estas perguntas compõe a estrutura literária do livro, embora não seja exclusividade de malaquias este jogo de perguntas e repostas é que fazem a essência de sua mensagem.
Podemos dizer que malaquias e um “desabafo do Criador” e que ele tem visto o pensamento de seu povo (não e um erro de redação e isto mesmo, só ele pode “ver” os pensamentos) por isso é também uma palavra tão atual.
No verso 2 Deus declara “Eu vos tenho amado, diz o Senhor. Mas vós dizeis: Em que nos tens amado? Acaso não era Esaú irmão de Jacó? diz o Senhor; todavia amei a Jacó,” Malaquias 1: 2
O criador decidiu nos amar... E como aquele povo nos perguntamos para ele Em que nos tens amado? Esta e a primeira das perguntas que ele responde nos versos 3 a 5, (Esaú irmão de Jacó trocou a benção de Deus por um prato de lentilhas), e Deus diz que deliberadamente decidiu amar Jacó e aborrecer Esaú.
Podemos contextualizar hoje, quando estamos envolvidos em tantas coisas e nos esquecemos da Cruz, então perguntamos para ele “Em que nos tens amado?”.
Na próxima vamos continuar com os temas abordados a desonra do povo de Deus, as ofertas, e a infidelidade conjugal.

sexta-feira, 22 de julho de 2011

MALAQUIAS

O ultimo dos profetas menores, esta situado no Canon cristão como o ultimo livro do Velho Testamento.
O livro de malaquias no Hebraico compreende apenas três capítulos, mas na Septuaginta e na vulgata quatro, sendo que o capitulo três do verso 19 em diante esta subdividido (no quarto capitulo) nas traduções em português.
Para alguns estudiosos malaquias seria mesmo o nome do profeta, no entanto em muitas escolas judaicas ele é identificado como o escriba de Esdras, embora não tenha valor histórico, esta interpretação também e compartilhada por Jerônimo.
Malaquias quer dizer em hebraico “meu anjo ou meu mensageiro” e com base nisso que alguns acreditam que este não seria o nome do profeta.
Malaquias teria profetizado após o retorno do exílio babilônico e a reconstrução do templo, seria um período após e próximo a reconstrução efetuada por Esdras.
Mesmo falando para os sacerdotes e para o povo de Deus de sua época, esta profecia se revela atual, aborda muitos pontos importantes, (o amor de Deus, o desprezo dos sacerdotes, a infidelidade conjugal e qual o sentido de ofertas e dízimos ) e nas próximas postagens vamos tentar fazer uma analise de sua mensagem.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A escolha certa

Nossa vida e feita de escolhas, o que vamos estudar, qual profissão iremos seguir, com quem iremos nos casar etc..
Mas a principal escolha é como será o nosso procedimento de vida, vamos dar vazão a todos os desígnios de nosso coração, ou vamos ouvir o conselho do Criador e ouvir o conselho de nossos pais?   Falamos nas ultimas semanas sobre o livre arbítrio, como foi dado por Deus uma capacidade de escolha a nós, esta escolha esta ligada a questão espiritual, somente quando nos aproximamos do criador e que entendemos e temos a capacidade de decidir.
Quando Deus chamou Abrão, ele lhe disse “Ora, o SENHOR disse a Abrão: Sai-te da tua terra, da tua parentela e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei.Gênesis 12:1  Nas entrelinhas desta ordem, havia um propósito de Deus, Abrão vivia em Ur dos caldeus, situada no sul da mesopotâmia, cidade que segundo os estudiosos foi a primeira a estabelecer um código de Leis, antes do celebre Código de Hamurabi.
Na verdade toda a mesopotâmia e inclusive Ur eram extremamente politeístas, a cidade de Abrão cultuava o deus lua (Namar) e sua esposa (Ningal) que seria a deusa lua.
Olhando sobre este aspecto entendemos porque Deus o criador, falou para Abrão, “Sai da tua terra.” como ele iria se revelar, em uma terra extremamente politeísta, na mente do patriarca Abrão isto lhe pareceria apenas que mais um “deus” havia lhe aparecido dentro de um panteão de muitos deuses que eram cultuados na mesopotâmia.
Deus começou em Abrão a fazer a ponte de aproximação com o homem que resolveu afastar-se dele no Edem, ora a revelação de Deus foi progressiva, Deus prometeu pela sua obediência lhe dar uma grande terra e multiplicar sua descendência como a areia do mar, na capitulo 12 de Genesis vemos que a jornada de Abraão não foi fácil, ele teve que sair como um nômade peregrinando por muitas terras (havia fome em muitos lugares) teve medo no Egito, podemos imaginar que passou por muitos apertos, não foi logo enriquecendo como querem nos fazer acreditar os falsos pregadores que pregam a teologia da prosperidade, antes de enriquecer, largou tudo, peregrinou por uma terra que não conhecia , enfrentou fome e medo, por causa disso Deus lhe fez prosperar, ele fez a escolha certa, antes de buscar riquezas devemos buscar ouvir a Voz do criador e como precisamos fazer este escolha em nossos Dias.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

O livre arbítrio do Homem parte 3

Continuamos analisando o livre arbítrio humano a luz das escrituras
Semana passada falamos sobre a revelação natural de Deus e que esta revelação traz responsabilidade moral para o homem.
A loucura dos homens se completa quando vêem a criação e criam fabulas e “teorias” sobre uma natureza sem criador,
A liberdade humana e tanta, que Deus ate permite que o homem adore a criaturas.
E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis. Romanos 1:23
Voluntariamente ignorantes, os seres humanos que foram feitos à imagem de Deus (Gn 1.26-27; 5.1,3; 9.6) transformaram Deus em imagens terrenas.
Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para desonrarem seus corpos entre si
“Deus os entregou” Este é o pior juízo possível, como se Deus dissesse: “a humanidade caída que siga o seu próprio caminho”
Note que o texto diz que Deus os entregou a “sujeira, imundícia de seus corações.” Então ele não esta alertando a humanidade como fez com Caim, Genesis 4:7
 Pois mudaram a verdade de Deus em mentira, e honraram e serviram mais a criatura do que o Criador, que é bendito eternamente. Amém.Romanos 1:24 e 25.
A expressão “entregar” na verdade indica que Deus deixou livre o caminho do homem para seguir qualquer desígnio de seu coração, e esta entrega é também conseqüência da escolha humana, o homem deliberadamente escolheu seguir todos os seus impulsos (como fez Caim) não dando ouvidos ao criador.

Conclusão
Por todos os textos que vimos nestas três postagens, o homem tem total liberdade (livre arbítrio) para fazer qualquer escolha sem nenhuma restrição do criador, este mesmo homem tem a opção de ouvir o Criador ou não, ele desde o Edem fez a escolha de afastar-se de Deus e assim a escolha do homem gerou uma humanidade egoísta, sem afeição natural e entregue aos prazeres e todo desejo impuro que o coração humano pode ansiar.

terça-feira, 12 de julho de 2011

O livre arbítrio do Homem parte2

Falamos na ultima postagem como fica claro pelas escrituras como o homem tem a capacidade de escolha, falamos do exemplo de Caim e sua escolha,  ele poderia ter optado por outro caminho.
No livro de romanos vemos no capitulo primeiro, que o homem foi dotado desta livre escolha.
Porque do céu se manifesta a ira de Deus sobre toda a impiedade e injustiça dos homens, que detêm a verdade em injustiça.
Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou.
“Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se vêem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis.” Romanos 1: 18 a 20.
“o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta” Todos os seres humanos sabem algo sobre Deus, através da criação (v. 20; Jó 12.7-10 e Sl 19.1-6 [através da natureza], 12-15 [através da Escritura], assim como pela sabedoria). Na teologia isto é chamado de “revelação natural”. Não é completa, mas é a base para Deus atribuir responsabilidade àqueles que nunca tiveram acesso à “revelação especial” de Deus nas Escrituras ou, maximamente, não ouviram falar de Jesus (Cl 1.15; 2.9).
“para que fiquem inescusáveis” – Isto significa literalmente “sem defesa legal”. No NT este termo grego (a + apologeomai) é usado somente aqui e no capítulo 2.1.
Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu.
“Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos” Romanos 1:21 e 22

“tendo conhecido a Deus.” o homem tem a revelação natural através das coisas que foram criadas, possuem a liberdade de escolher glorificar a este criador ou não.
Ele não nos fez como marionetes, Ser a imagem de Deus é ser
Responsável, moralmente imputável, volitivamente livre, com conseqüências, este texto demonstra claramente isto.

sexta-feira, 8 de julho de 2011

O livre arbítrio do Homem

Este e um assunto debatido há muito tempo tanto por filósofos e teólogos, assim como por diversos pensadores, a verdade e que não entendemos como o criador sendo soberano nos deu esta capacidade.
Falamos logo no inicio deste blog sobre Calvino e Arminio, cada um vê a liberdade humana sobre um ponto de vista, Arminio vê a liberdade do ponto de vista do homem, (temos sim claro um livre arbítrio) e Calvino vê do ponto de vista de Deus, (ele e soberano e tudo ele já determinou) quem esta certo? Ambos estão certos.
Claro que quando observamos a escritura sistematicamente conseguimos ver que apesar de sua soberania ele nos facultou a capacidade de escolha desde o jardim do Edem.
Quando a primeira família foi formada, (Adão, Eva e seus primeiros filhos) vemos como conseqüência do afastamento de Deus, que logo entrou nesta primeira família o ciúme e o rancor, o contexto diz que Caim era agricultor e Abel caçador, ambos haviam feito uma oferta a Deus, mas o que levou Caim a ficar tão abatido ?
Acredito que tenha havido algum sinal da parte de Deus , quando ele aceitou a oferta de Abel, mas não deveria Caim ter um sentimento assim, o próprio Deus se manifestou para ele: “Então, lhe disse o SENHOR: Por que andas irado, e por que descaiu o teu semblante?
Se procederes bem, não é certo que serás aceito? Se, todavia, procederes mal, eis que o pecado jaz à porta; o seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá-lo. Gênesis 4: 6 e 7.
“eis que o pecado jaz a porta; o seu desejo será contra ti, ma a ti cumpre dominá-lo” esta e a prova mais que concreta que Deus nos facultou com o livre arbítrio desde o Edem.
O criador avisou para Caim, “o seu desejo e contra ti”
É exatamente isto que Deus nos revela no Novo testamento, que a natureza humana esta exposta a um desejo que se volta para o seu próprio mal, mas o que ele diz?  a ti cumpre dominá-lo”.
Na próxima postagem vamos falar rapidamente sobre esta liberdade e suas conseqüências.

terça-feira, 5 de julho de 2011

OS DEZ MANDAMENTOS

Para os judeus estes são chamados de Asseret HaDibrot “Dez Ditos“ nos chamamos de Mandamentos, alguns juristas dizem que o Direito surgiu em Roma, mas na verdade toda a base do direito surgiu aqui, nos Dez ditos em Israel.
Os mandamentos na verdade são princípios,  pois todo o direito se baseia em princípios conforme cita em seu livro o professor  Paulo Nader 1. “a qualidade da lei depende, entre outros fatores, dos princípios escolhidos pelo legislador. O fundamental, tanto na vida quanto no Direito, são os princípios, porque deles tudo decorre. Se os princípios não forem justos, a obra legislativa não poderá ser justa”.
Assim os Dez Ditos são princípios de vida que deveriam ser seguidos pelo povo chamado por Deus.
Vemos por exemplo em Marcos 12 de 28 a 34, quando um jovem escriba se aproximou de Cristo e lhe perguntou qual seria o primeiro de todos os mandamentos, Jesus lhe respondeu “amaras o Senhor Teu Deus de todo o coração....e o segundo e este é amaras o teu próximo como a ti mesmo” ,  note que ele não citou todos os mandamentos,  Jesus simplesmente sintetizou todos eles ,  isto é a aplicação do principio !
Não e o decorar a lei, mas entender os princípios que Deus queria que seu povo seguisse:  misericórdia e amor.
Entendemos assim que os Dez mandamentos são à base de todo o direito e ate podemos citar como exemplo que o Criador fez distinção entre crime doloso e culposo.
Note; “Quem ferir alguém, de modo que este morra, certamente será morto. Porém se lhe não armou cilada, (culposo, sem intenção) mas Deus lho entregou nas mãos, ordenar-te-ei um lugar para onde fugirá (referência às cidades de refúgio). Mas se alguém agir premeditadamente contra o seu próximo, (doloso) matando-o à traição, tirá-lo-ás do meu altar, para que morra. Êxodo 21: 12 a 15 (trechos em negrito são meus.).
Toda a base fundamental do direito, esta estabelecida na Tora Israelita (principalmente em Deuteronômio) esta surgiu muitos séculos antes dos Romanos estabelecerem e sistematizarem suas leis.

1 Paulo Nader  Introdução ao estudo do direito- Editora Forense

sexta-feira, 1 de julho de 2011

A Declaração de Pedro em Mateus 16:13 Partte 4

Analisando Petra no novo testamento

A palavra πετρα (petra) ocorre 16 vezes no Novo Testamento. Dentro da perícope, em Mt 16:18 é a única vez que aparece. No livro, essa palavra é utilizada cinco vezes, com destaque para Mt 7:24 e 25. Nessa passagem, Cristo estava terminando o sermão do monte e comparava aqueles que ouvissem Seus ensinamentos e os praticassem “a um homem prudente que edificou sua casa sobre a rocha”. Jesus concluía que os maus dias vieram, mas a casa daquele não caíra.
Como já observado ao se analisar a palavra πετρος, os Evangelhos sinóticos relatam a história da confissão de Pedro, mas não descrevem o que Cristo disse depois ao discípulo. O Evangelho de João também não fala nada sobre essa história e nem menciona a palavra πετρα.
Dos textos em que aparece essa palavra no Novo Testamento, aquele que valeria ressaltar, e que contribuiria muito para solucionar o problema (a pedra é Cristo ou Pedro?) na nossa analise, é o de 1Co 10:4.
Nesse verso, a pedra aparece como uma “pedra espiritual”, “e a pedra é Cristo”. Nesse texto, Cristo é identificado diretamente como πετρα. (petra).
Outros dois versos importantes para a compreensão são Rm 9:33 e 1Pe 2:8. Nos escritos de Pedro encontra-se a expressão “πετρα σκανδαλου”,(Pedra de ofensa) que nesse contexto, ensina que aqueles que rejeitarem e tropeçarem na palavra, sendo desobedientes aos ensinamentos. de Cristo, irão cair.
Embora as palavras no original grego sejam quase que sinônimos, analisando o Novo testamento vemos que Petros (πετρος) era utilizada como susbstantivo próprio como nome de pessoa,  já Petra (πετρα) é identificado diretamente com Cristo.
Mas para que não haja duvidas vamos ver como o próprio apostolo Pedro define em sua epistola o texto de 1Pe 2:4-10.
Essa epístola foi escrita pelo próprio Pedro, e nela, ele mesmo vai definir quem é a “pe-dra” sobre a qual a Igreja é construída. Pedro utiliza os três termos que significam “pedra”: πετρα, κεϕαλη γωνιας e λιθος.
No verso quatro, Cristo aparece como λιθον ξωντα, a “pedra que vive”.
No verso seis, a expressão usada para se referir a Cristo é λιθον εκλεκτον, “pedra eleita”. No versículo seguinte, aparecem duas expressões, λιθος (pedra) e κεϕαλην γωνιας (pedra angular), ambas ligadas a Cristo.
No verso oito, também se encontram duas expressões ligadas ao Messias, λιθος (pedra) e πετρα σκανδαλου (rocha de ofensa). Todas as imagens utilizadas para “pedra fundamental” e “fundamento” nesses versos, estão relacionadas a Cristo.
Conclusão
O  original grego não permite afirmar que a declaração de Cristo se referia a ele mesmo, sendo as palavras originais muitas vezes traduzidas como sinônimas, mas pelo contexto das palavras no novo testamento, (Petra sempre e utilizada fazendo referência a Cristo) e pelo que afirmou o próprio apostolo Pedro em sua epistola, a palavra πετρα (Petra ) se refere no Texto de Mateus 16:18 ao próprio Cristo.