sexta-feira, 15 de abril de 2011

Teologia Relacional x Teísmo Aberto Parte 3.

O terceiro aspecto básico da Teologia Relacional é o entendimento de que a ênfase na imutabilidade de Deus o torna um Ser insensível e impassível diante dos sofrimentos humanos. O ensino de que Deus é um ser imutável também o torna apático ao sofrimento humano. O problema agrava-se com o fato de a Bíblia apresentar Deus como sendo amor, pois a afirmação de que foi por esta razão que ele mandou seu Filho para redimir os que nele crêem é radicalmente oposta a qualquer conceito da impassibilidade divina.
Segundo essa teologia. Clark H. Pinnock argumenta: Impassibilidade é o mais dúbio dos atributos divinos discutidos no teísmo clássico, porque ele sugere a idéia de que Deus não experimenta tristeza, sofrimento ou dor. Ele parece negar que Deus é atingido pelo sentimento de nossas enfermidades, a despeito do que a Bíblia eloqüentemente afirma sobre o seu amor e sua tristeza. Como pode Deus amar e não ser atingido pelo mal? Como pode Deus ser impassível quando o Filho encarnado experimentou sofrimento e morte? 1
Impassibilidade significa que Deus não é sujeito às ações de suas criaturas a menos que ele assim o queira. Contudo, impassibilidade não significa que Deus não ama, pois o amor é algo que emana dele e é por ele praticado, pois Deus é amor.
Como corretamente afirma J. I.Packer, “impassibilidade não significa insensibilidade (um freqüente mal entendido). quando Deus entra em um relacionamento de dor e sofrimento, isso ocorre por sua própria decisão, pois ele nunca é uma vítima de sua criatura”. 2
Além do mais, impassibilidade nunca foi sinônimo de insensibilidade, assim como imutabilidade não equivale à inércia. Os teólogos relacionais parecem não querer ter o trabalho de entender algumas verdades confessadas pelos cristãos do passado e se alegram em obscurecer o entendimento dos santos do presente



1- PINNOCK, Clark H. Sistematic theology. Em: PINNOCK e outros, The openness of God,
p. 118.

2- PACKER, J. I. God. Em: FERGUSON, Sinclair; WRIGHT, David (orgs.). New dictionary of
theology. Downers Grove: InterVarsity, 1998, p. 277.

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