Postamos algum tempo atrás comentário sobre a literatura apocaliptica surgida entre 200 Ac e 100 Dc.
Esta literatura teve como pano de fundo no seu desenvolvimento a turbulência politica no território judeu durante as guerras e disputas travadas entre os descendentes dos generais de Alexandre o grande, mas especificamente entre os descendentes de Ptlomeu no Egito e de Seleuco na Siria.
Após Ptolomeu IV, Filopáter, ter tentado entrar no Santo dos Santos ( 217 A .C.) e ter sido acometido de paralisia total, oprimiu os judeus, seus vassalos. Morto Filopáter em 204 A .C., Ptolomeu Epifânio ( 204-180 A .C.) assumiu o trono egípcio e perdeu a Palestina no ano seguinte para Antíoco Magno, que veio livrar os judeus da opressão egípcia. A disputa pelo território durou até 198 A .C. quando Antíoco a recuperou definitivamente. Antíoco foi sucedido por Seleuco IV, Filopáter ( 180-175 A .C.) que foi assassinado pelo seu tesoureiro, Heliodoro. Antíoco Epifânio assumiu o trono ( 175-164 A .C.) e se notabilizou por uma campanha para total helenização dos judeus. Em campanha contra o Egito em 171 A .C., se ouviu que tinha morrido. O partido nacionalista dos judeus recuperou o ânimo com a notícia de sua morte. Quando Antíoco soube que Jerusalém comemorara sua falsa morte, ele se enfureceu e invadiu Jerusalém num sábado matando 40 mil pessoas em três dias numa campanha disciplinadora que incluiu invadir o Santo dos Santos, roubar o castiçal de ouro, a mesa, o altar de incenso e todos os vasos, além de destruir os livros da Lei, sacrificar uma porca no altar, aspergir com seu sangue o Templo e erigir a estátua de Zeus Olímpico nele.
Por um período de 2300 dias, o santuário esteve profanado. Em 169 A .C., Antíoco fez outra campanha contra o Egito e era bem sucedido até que embaixadores romanos o humilhassem, lhe entregando um decreto do Senado Romano exigindo sua retirada. Antíoco, temeroso, bateu em retirada e se vingou sobre Jerusalém.
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