quinta-feira, 28 de abril de 2011

Na Contramão de Cristo.

Vemos no Brasil atualmente muitas denominações sucumbindo ao que chamamos de doutrina da prosperidade, esta começou na década de 70, ver postagem  a origem do pentecostalismo no Brasil Pte2.
Somente quem estuda as Escrituras vê claramente que isso nunca foi anunciado por Cristo, pelo contrario. ‘no mundo tereis aflições...” Jo 16:33.
Quando a mãe dos filhos de Zebedeu  (Tiago e João ) veio lhe pedir um lugar de proeminência ao lado de Jesus,  o que Cristo lhe respondeu, ?  podeis vós beber o cálice que eu bebo, e ser batizados com o batismo com que eu sou batizado? Mc10:38
Jesus falava do sofrimento que Tiago e João haveriam de passar por amor de seu nome, Tiago foi o primeiro apostolo a ser morto por Antipas
João preso a epoca de Domiciano, nas minas romanas passou por muitos e terriveis provações.
Ora  e o que dizer do restante da Igreja do primeiro e segundo seculo, torturada e perseguida pelo Imperio Romano.
Não podemos nos iludir com este evangelho de mentira que esta sendo proclamado em muitos pulpitos,  o verdadeiro evangelho começou com a Cruz,  escandalo para os judeus (religiosos de nossa epoca ) e loucura para os gregos, ( estudiosos, filosofos e aqueles que se consideram sabios ) e somente ira terminar com a volta dele, nas nuvens.
Vamos tratar nas proximas postagens sobre a escatologia do novo testamento,  o pensamento da  igreja atual e as 3 principais correntes.

terça-feira, 26 de abril de 2011

Periodo Macabeu e Apocalíptica parte 2

Falamos anteriormente do sofrimento imposto por Antioco Epifanio ao povo judeu, assim e neste quadro que surge o sacerdote Matatias, o primeiro dos Macabeus.
Apeles, o comissário do Rei, veio forçar todos os habitantes de Modin, uma aldeia de Judá, a se conformarem ao culto pagão. Matatias negou-se com sua família a obedecer ao rei. Um renegado judeu compeliu a multidão à idolatria, sendo assassinado por Matatias que também matou Apeles e destruiu o altar pagão construído por ele. "Todo o que tiver o zelo da Lei e quiser manter a Aliança, venha após mim", assim surgiu o grupo dos hassidim que como guerrilheiros se portaram contra Antíoco vencendo-o definitivamente em 165 A.C.. Judas, filho de Matatias, foi declarado Príncipe da Judéia com a independência e a purificação do Templo. Antíoco estava em campanha na Pérsia quando soube que seus generais, Serom, Górgias e Lísias, foram derrotados pelos judeus, morreu de tristeza e doente na Babilônia quando tentava retornar para recuperar a Palestina.
Judas governou a Palestina até 161 A.C quando morreu e Jônatas, seu irmão assumiu ( 161-144 A.C.), ano que Demétrio I, o Sóter ( 162-151 A.C.) que sucedeu a Antíoco V, Eupator ( 164-162), o sucessor de Epifânio, tomou Jerusalém. Na controvérsia do trono sírio entre Demétrio I e Alexandre Balas ( 151-146 A.C.), Jônatas apoiou o último que venceu e matou seu rival. Houve paz entre os judeus e os sírios até a controvérsia entre Balas e Demétrio II suscitassem novos confrontos. Balas terminou assassinado e Demétrio II foi proclamado rei como o Nicatóris ( 146-144 A.C) mas foi deposto pelo filho de Balas, Antíoco VI, que reclamou e conquistou o trono mas foi traído por Trífom, seu general, que usurpou o trono e decidiu subjugar os judeus. Ele assassinou Jônatas em 144 A.C. Simão, seu irmão, assumiu o Principado ( 144-135) e apoiou o retorno de Demétrio II ao trono que ocorreu em 129 A.C. mas, numa incursão à Pérsia foi capturado e Antíoco VII assumiu o trono ( 126-96 A.C.), derrotando Trífom. Simão, por sua vez, foi assassinado num banquete e João Hircano, seu único filho sobrevivente o sucedeu ( 135-105 A.C.). A Síria se mostrou enfraquecida pelas disputas pelo trono e Roma dava sinais de supremacia. Aristóbulo, sucessor de João Hircano, seu pai, assumiu o título de Rei dos Judeus ( 106-105 A.C.) mas Antipater havia sido nomeado por Roma em 109 A.C.) como Procurador da Judéia. Este é o pai de Herodes.
Neste período de governo  macabeu ( 171-37 A.C.) formou-se a teologia apocalíptica com vários livros que davam ênfase a  gloria futura de Israel.; a restauração de Jerusalém; a eternidade do domínio judaico mundial; o Reino do Messias de mil anos.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Periodo Macabeu e a Apocaliptica parte 1

Postamos algum tempo atrás comentário sobre a literatura apocaliptica surgida entre 200 Ac  e 100 Dc.
Esta literatura teve como pano de fundo no seu desenvolvimento a turbulência politica no território judeu durante as guerras e disputas travadas entre os descendentes dos generais de Alexandre o grande, mas especificamente entre os descendentes de Ptlomeu no Egito e de Seleuco na Siria.
Após Ptolomeu IV, Filopáter, ter tentado entrar no Santo dos Santos ( 217 A.C.) e ter sido acometido de paralisia total, oprimiu os judeus, seus vassalos. Morto Filopáter em 204 A.C., Ptolomeu Epifânio ( 204-180 A.C.) assumiu o trono egípcio e perdeu a Palestina no ano seguinte para Antíoco Magno, que veio livrar os judeus da opressão egípcia. A disputa pelo território durou até 198 A.C. quando Antíoco a recuperou definitivamente. Antíoco foi sucedido por Seleuco IV, Filopáter ( 180-175 A.C.) que foi assassinado pelo seu tesoureiro, Heliodoro. Antíoco Epifânio assumiu o trono ( 175-164 A.C.) e se notabilizou por uma campanha para total helenização dos judeus. Em campanha contra o Egito em 171 A.C., se ouviu que tinha morrido. O partido nacionalista dos judeus recuperou o ânimo com a notícia de sua morte. Quando Antíoco soube que Jerusalém comemorara sua falsa morte, ele se enfureceu e invadiu Jerusalém num sábado matando 40 mil pessoas em três dias numa campanha disciplinadora que incluiu invadir o Santo dos Santos, roubar o castiçal de ouro, a mesa, o altar de incenso e todos os vasos, além de destruir os livros da Lei, sacrificar uma porca no altar, aspergir com seu sangue o Templo e erigir a estátua de Zeus Olímpico nele.
Por um período de 2300 dias, o santuário esteve profanado. Em 169 A.C., Antíoco fez outra campanha contra o Egito e era bem sucedido até que embaixadores romanos o humilhassem, lhe entregando um decreto do Senado Romano exigindo sua retirada. Antíoco, temeroso, bateu em retirada e se vingou sobre Jerusalém.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Teologia Relacional x Teísmo Aberto Parte 3.

O terceiro aspecto básico da Teologia Relacional é o entendimento de que a ênfase na imutabilidade de Deus o torna um Ser insensível e impassível diante dos sofrimentos humanos. O ensino de que Deus é um ser imutável também o torna apático ao sofrimento humano. O problema agrava-se com o fato de a Bíblia apresentar Deus como sendo amor, pois a afirmação de que foi por esta razão que ele mandou seu Filho para redimir os que nele crêem é radicalmente oposta a qualquer conceito da impassibilidade divina.
Segundo essa teologia. Clark H. Pinnock argumenta: Impassibilidade é o mais dúbio dos atributos divinos discutidos no teísmo clássico, porque ele sugere a idéia de que Deus não experimenta tristeza, sofrimento ou dor. Ele parece negar que Deus é atingido pelo sentimento de nossas enfermidades, a despeito do que a Bíblia eloqüentemente afirma sobre o seu amor e sua tristeza. Como pode Deus amar e não ser atingido pelo mal? Como pode Deus ser impassível quando o Filho encarnado experimentou sofrimento e morte? 1
Impassibilidade significa que Deus não é sujeito às ações de suas criaturas a menos que ele assim o queira. Contudo, impassibilidade não significa que Deus não ama, pois o amor é algo que emana dele e é por ele praticado, pois Deus é amor.
Como corretamente afirma J. I.Packer, “impassibilidade não significa insensibilidade (um freqüente mal entendido). quando Deus entra em um relacionamento de dor e sofrimento, isso ocorre por sua própria decisão, pois ele nunca é uma vítima de sua criatura”. 2
Além do mais, impassibilidade nunca foi sinônimo de insensibilidade, assim como imutabilidade não equivale à inércia. Os teólogos relacionais parecem não querer ter o trabalho de entender algumas verdades confessadas pelos cristãos do passado e se alegram em obscurecer o entendimento dos santos do presente



1- PINNOCK, Clark H. Sistematic theology. Em: PINNOCK e outros, The openness of God,
p. 118.

2- PACKER, J. I. God. Em: FERGUSON, Sinclair; WRIGHT, David (orgs.). New dictionary of
theology. Downers Grove: InterVarsity, 1998, p. 277.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

Teologia Relacional x Teísmo Aberto 2.

A segunda pressuposição doutrinária defendida pela Teologia Relacional é que a concepção do teísmo clássico sobre Deus foi corrompida pela influência do neoplatonismo agostiniano e o verdadeiro conceito bíblico de Deus precisa ser resgatado. Esta insistência é geralmente elaborada da seguinte forma:
“A teologia cristã iniciou seu labor sistemático e filosófico sobre a liberdade com
Santo Agostinho. Egresso da escola neo-platônica e dos pensamentos do filósofo
grego Plotino, sabe-se que Santo Agostinho importou inúmeros conceitos dessas
duas escolas filosóficas.” 1
O articulista ainda continua dizendo que os reformadores retomaram o discurso
de Agostinho e por isto o protestantismo tornou-se caracterizado por um determinismo teológico que não reflete o pensamento bíblico e essa é a razão de tanta incoerência na prática religiosa e na espiritualidade pessoal contemporânea.
Mais adiante Gondim assevera: A teologia agostiniana, influenciada enormemente pelo neo-platonismo, só concebe Deus segundo os paradigmas gregos. Os conceitos de onipotência e
onisciência são definidos, não pelo relato das Escrituras, mas pela mitologia helênica.2

Não há razão para se negar a influência neoplatônica sobre a vida e a conversão de Agostinho e, mais tarde, até sobre sua teologia, pois esta influência parece ter sido até benéfica em sua luta contra os maniqueístas, especialmente na obtenção de um conceito da divindade em termos menos materialistas do que eles propunham. 3
Contudo, não se pode omitir o fato de que ao longo de sua vida, como teólogo, Agostinho buscou distanciar-se cada vez mais do neoplatonismo em prol de uma compreensão mais bíblica da realidade.


1e 2- GONDIM RODRIGUES, Ricardo. A liberdade. Disponível em: http://www.ricardogondim.
com.br/Artigos/artigos.info.asp?tp=61&sg=0&form_search=A%20liberdade&pg=2&id=1051. Acesso
em: 23 abr. 2007. O autor parece não estar ciente de que foi Plotino quem criou a escola neoplatônica,não se tratando, portanto, de duas escolas filosóficas distintas.

3- GONZÁLEZ, Justo L. The history of Christianity. New York: HarperSanFrancisco, 1995, vol. 1,p. 211.

terça-feira, 5 de abril de 2011

Teologia Relacional x Teísmo Aberto 1.

A primeira premissa da Teologia Relacional parece ser sua ênfase na liberdade humana em detrimento da onipotência divina. Para seus defensores, Deus concedeu plena liberdade aos seres humanos a fim de que eles realmente possam ser considerados seres morais e  responsáveis.
Ao escrever sobre o Deus esvaziado, Kivitz afirma: O Deus esvaziado não mantém relacionamentos à força, mediante manifestações do seu poder e imposição de sua autoridade soberana. O Deus esvaziado dá um passo atrás, para que você possa exercer sua liberdade de existir com Ele ou contra Ele. 1
Segundo Gondim, eles formam a base da Teologia Relacional, pois “só é possível pensar em verdadeira relacionalidade se, em sua graça, Deus conceder aos seres humanos liberdade real para cooperarem ou contrariarem a sua vontade para suas vidas”. 2
Semelhante ênfase sobre a liberdade humana pode ser encontrada, no Teísmo Aberto. Ali, Richard Rice ensina que Deus controla muitas coisas que acontecem na natureza, mas “naquilo que pressupõe a decisão humana... ele não pode atingir os seus objetivos unilateralmente. Ele precisa de nossa cooperação”. 3
Segundo esta perspectiva, as escolhas humanas não são predeterminadas por Deus. Para os defensores desse ensino, os homens só podem ser responsabilizados pelos seus atos se eles forem realmente livres.
Clark H. Pinnock foi um dos primeiros a defender que se Deus não tivesse nos concedido liberdade significativa, inclusive a liberdade de desapontá-lo, não teríamos criaturas capazes de entrar em um relacionamento amoroso com ele. Amor, antes que liberdade é o assunto central. A liberdade foi concedida para tornar o relacionamento amoroso possível... A história bíblica pressupõe o que chamamos liberdade libertária. Isto é óbvio pelas formas como Deus nos convida a amá-lo e pela maneira como ele nos mantém responsáveis pelo que decidimos.4

Desta forma, sem a liberdade o homem não pode ser considerado responsável pelos seus atos e nenhum relacionamento de amor é possível entre Deus e esses seres morais.

1- KIVITZ, O Deus esvaziado.

2- GONDIM RODRIGUES, Espiritualidade cristã e uma teologia relacional.

3- RICE, Biblical support for a new perspective, p. 121.

4- PINNOCK, Clark H. Most moved Mover: A theology of God’s openness. Grand Rapids:         Baker,2001, p. 45.