quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Cristianismo no Terceiro século parte final.


Após o concilio de Niceia ficou definido que Cristo tinha a mesma substancia (essência, natureza) de Deus, ele teria a natureza humana e a divina.
Entretanto mesmo após este concilio,  o pensamento sobre quem era Jesus não estava definido para muitos,  no ocidente com a mão forte do imperador Constantino ficou definido pelos bispos que Jesus era o verbo descrito no evangelho de João e o verbo era Deus.
Mas no oriente continuavam as rivalidades dogmáticas e duas comunidades se sobressaiam:  a de Alexandria e a de Constantinopla.
Para piorar a situação por volta de 325 começou a despontar a adoração a Maria, se Jesus era Deus, logo Maria era a “mãe de Deus”. (pasmem !) a verdade e que aquilo que não entendemos nos leva muitas vezes a conjecturar e flertar com o erro.  Jesus era Deus por que já existia antes de assumir a forma humana, ele era o verbo que estava com Deus no principio João cap.1.
Mas por não entender isto, alguns desta época começaram a dar o titulo a Maria de “Theotokos” (deipara) aquela que pariu a Deus.
O culto a Maria foi o estopim para se questionar novamente a natureza de Jesus Cristo,  a doutrina de Alexandria considerava que o filho de Deus tinha apenas uma natureza a divina,  logo Maria teria dado a luz a um “Deus”.
O grupo de Antioquia falava da existência de duas naturezas separadas em Cristo: uma divina e outra humana. Assim Maria teria dado a luz a um ser humano  e deveria se chamar “Antropotokos”.
Fica claro na historia do Cristianismo que o culto a maria somente surgiu quase trezentos anos após o surgimento da fé cristã, fruto de falta de conhecimento das escrituras e do orgulho humano, que não assume que alguns pontos na encarnação e ressurreição de Cristo somente podem ser entendidos pela fé e não pelo racionalismo humano.
A era de Constantino é criticada ate hoje, não podemos esquecer as consequências negativas que trouxe ao atrelar a igreja ao Estado, criando o modelo da Cristandade e formalizando uma hierarquia no clero.
Com ele é verdade a igreja se deteriorou moralmente, seus lideres perderam completamente a visão de unidade e comprometimento recíproco.
No entanto a realidade tem um outro lado,  a intervenção de Constantino foi oportuna em certo sentido, sem esta intervenção, não sabemos o que aconteceria,  o que seria do Cristianismo se ficasse nas mãos de Bispos corruptos e teólogos que já não consideravam Cristo verdadeiro Deus. Certamente corríamos o risco de ver a igreja cristã implodir em suas divisões, mas Deus que sabe todas as coisas, certamente usou Constantino para que o Imperador com mão forte corrigisse os desvios doutrinários e para que impedisse a extinção da ortodoxia apostólica.  
Assim apesar de todos os erros e desvios de conduta que os lideres do clero praticavam no século terceiro, o  Eterno usou um imperador romano para que a fé que começou com aqueles que viram o verbo de Deus pessoalmente fosse preservada e chegasse ate nossos dias.
A ele toda a gloria por isso !



Nenhum comentário: