Após o concilio de Niceia ficou
definido que Cristo tinha a mesma substancia (essência, natureza) de Deus, ele
teria a natureza humana e a divina.
Entretanto mesmo após este
concilio, o pensamento sobre quem era
Jesus não estava definido para muitos, no
ocidente com a mão forte do imperador Constantino ficou definido pelos bispos que
Jesus era o verbo descrito no evangelho de João e o verbo era Deus.
Mas no oriente continuavam as
rivalidades dogmáticas e duas comunidades se sobressaiam: a de Alexandria e a de Constantinopla.
Para piorar a situação por volta de 325
começou a despontar a adoração a Maria, se Jesus era Deus, logo Maria era a
“mãe de Deus”. (pasmem !) a verdade e que aquilo que não entendemos nos leva
muitas vezes a conjecturar e flertar com o erro. Jesus era Deus por que já existia antes de
assumir a forma humana, ele era o verbo que estava com Deus no principio João cap.1.
Mas por não entender isto, alguns desta
época começaram a dar o titulo a Maria de “Theotokos” (deipara) aquela que
pariu a Deus.
O culto a Maria foi o estopim para se
questionar novamente a natureza de Jesus Cristo, a doutrina de Alexandria considerava que o
filho de Deus tinha apenas uma natureza a divina, logo Maria teria dado a luz a um “Deus”.
O grupo de Antioquia falava da
existência de duas naturezas separadas em Cristo: uma divina e outra humana.
Assim Maria teria dado a luz a um ser humano
e deveria se chamar “Antropotokos”.
Fica claro na historia do Cristianismo
que o culto a maria somente surgiu quase trezentos anos após o surgimento da fé
cristã, fruto de falta de conhecimento das escrituras e do orgulho humano, que
não assume que alguns pontos na encarnação e ressurreição de Cristo somente
podem ser entendidos pela fé e não pelo racionalismo humano.
A era de Constantino é criticada ate
hoje, não podemos esquecer as consequências negativas que trouxe ao atrelar a
igreja ao Estado, criando o modelo da Cristandade e formalizando uma hierarquia
no clero.
Com ele é verdade a igreja se
deteriorou moralmente, seus lideres perderam completamente a visão de unidade e
comprometimento recíproco.
No entanto a realidade tem um outro
lado, a intervenção de Constantino foi
oportuna em certo sentido, sem esta intervenção, não sabemos o que
aconteceria, o que seria do Cristianismo
se ficasse nas mãos de Bispos corruptos e teólogos que já não consideravam
Cristo verdadeiro Deus. Certamente corríamos o risco de ver a igreja cristã
implodir em suas divisões, mas Deus que sabe todas as coisas, certamente usou
Constantino para que o Imperador com mão forte corrigisse os desvios
doutrinários e para que impedisse a extinção da ortodoxia apostólica.
Assim apesar de todos os erros e
desvios de conduta que os lideres do clero praticavam no século terceiro,
o Eterno usou um imperador romano para
que a fé que começou com aqueles que viram o verbo de Deus pessoalmente fosse
preservada e chegasse ate nossos dias.
A ele toda a gloria por isso !
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