segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Cristo nasceu, é Natal.


Amigos do blog natal e muito mais do que presentes, festa e ceia, é o salvador nascendo para dar vida esperança aos homens.
E verdade que Cristo não nasceu em dezembro, esta data foi escolhida e pensada pelo imperador Constantino, o amigo do blog perguntara, e por que foi escolhido a data de 25 de dezembro ?  Justamente porque nesta data era comemorado o nascimento do deus Mitra, ele era uma divindade da mitologia persa que foi incorporado pelos gregos e romanos. Ele era a religião da moda em Roma antes do Cristianismo chegar e antes do imperador Constantino “se converter” após a aceitação da fé Cristã, ele ardilmente incorporou esta data para comemorar o nascimento de Cristo,  assim houve uma espécie de sincretismo. Brevemente faremos uma postagem sobre o deus Mitra.
Mas se o salvador não nasceu em dezembro, em que mês teria ocorrido ?
O mas provável e que tenha sido entre junho e julho que são os meses de verão na Judeia, o texto de Lucas afirma que “havia pastores que estavam no campo e guardavam o seu rebanho durante as vigílias da noite” Lucas 2:8.
Ora seria impossível isto ocorrer em dezembro porque neste período as ovelhas ficam na estalagem, no campo elas morreriam congeladas com o frio.
Assim conjecturamos que Cristo nasceu no verão da Judeia, mas isto não importa o que realmente é importante e que ele tenha lugar para nascer em nosso coração todos os dias e que o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus possa inundar nossos corações neste  ano novo que se aproxima.

Abraços a todos...

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Cristianismo no Terceiro século parte final.


Após o concilio de Niceia ficou definido que Cristo tinha a mesma substancia (essência, natureza) de Deus, ele teria a natureza humana e a divina.
Entretanto mesmo após este concilio,  o pensamento sobre quem era Jesus não estava definido para muitos,  no ocidente com a mão forte do imperador Constantino ficou definido pelos bispos que Jesus era o verbo descrito no evangelho de João e o verbo era Deus.
Mas no oriente continuavam as rivalidades dogmáticas e duas comunidades se sobressaiam:  a de Alexandria e a de Constantinopla.
Para piorar a situação por volta de 325 começou a despontar a adoração a Maria, se Jesus era Deus, logo Maria era a “mãe de Deus”. (pasmem !) a verdade e que aquilo que não entendemos nos leva muitas vezes a conjecturar e flertar com o erro.  Jesus era Deus por que já existia antes de assumir a forma humana, ele era o verbo que estava com Deus no principio João cap.1.
Mas por não entender isto, alguns desta época começaram a dar o titulo a Maria de “Theotokos” (deipara) aquela que pariu a Deus.
O culto a Maria foi o estopim para se questionar novamente a natureza de Jesus Cristo,  a doutrina de Alexandria considerava que o filho de Deus tinha apenas uma natureza a divina,  logo Maria teria dado a luz a um “Deus”.
O grupo de Antioquia falava da existência de duas naturezas separadas em Cristo: uma divina e outra humana. Assim Maria teria dado a luz a um ser humano  e deveria se chamar “Antropotokos”.
Fica claro na historia do Cristianismo que o culto a maria somente surgiu quase trezentos anos após o surgimento da fé cristã, fruto de falta de conhecimento das escrituras e do orgulho humano, que não assume que alguns pontos na encarnação e ressurreição de Cristo somente podem ser entendidos pela fé e não pelo racionalismo humano.
A era de Constantino é criticada ate hoje, não podemos esquecer as consequências negativas que trouxe ao atrelar a igreja ao Estado, criando o modelo da Cristandade e formalizando uma hierarquia no clero.
Com ele é verdade a igreja se deteriorou moralmente, seus lideres perderam completamente a visão de unidade e comprometimento recíproco.
No entanto a realidade tem um outro lado,  a intervenção de Constantino foi oportuna em certo sentido, sem esta intervenção, não sabemos o que aconteceria,  o que seria do Cristianismo se ficasse nas mãos de Bispos corruptos e teólogos que já não consideravam Cristo verdadeiro Deus. Certamente corríamos o risco de ver a igreja cristã implodir em suas divisões, mas Deus que sabe todas as coisas, certamente usou Constantino para que o Imperador com mão forte corrigisse os desvios doutrinários e para que impedisse a extinção da ortodoxia apostólica.  
Assim apesar de todos os erros e desvios de conduta que os lideres do clero praticavam no século terceiro, o  Eterno usou um imperador romano para que a fé que começou com aqueles que viram o verbo de Deus pessoalmente fosse preservada e chegasse ate nossos dias.
A ele toda a gloria por isso !



quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Cristianismo no Terceiro século parte 3.


Por volta de 130,140 A.D. o entusiasmo do Cristianismo primitivo estava desaparecendo,  este entusiasmo era fruto do pensamento que permanecia na mente de todo cristão: o eminente retorno de Cristo, (aqueles que testemunharam sua ascensão virão dois anjos confirmarem que este mesmo Jesus que estava subindo aos céus retornaria conforme Atos 1:11) e pela atuação direta e enfática do Espírito Santo nos primeiros evangelistas e Apóstolos. 
Após a morte dos apóstolos e primeiros evangelistas foi se formando gradativamente outra liderança dentro do culto cristão, nesta época as comunidades cristãs  eram presididas pelos presbyteroi (anciãos) que elegiam os episkopoi (supervisores),  com o tempo os episkopoi se tornaram proeminentes nas comunidades Cristãs e passaram a liderar o culto, sendo denominados de Bispos.
Cabe observar que não existia uma igreja universal (católica) e tão pouco uma igreja romana neste período, pelo contrario Roma perseguia ferozmente aqueles que não adoravam os deuses romanos e cultuavam o imperador.
Existiam sim comunidades de seguidores de Cristo em Antioquia,  Roma, Egito,  Assíria etc. Assim após um longo período a igreja Cristã era presidida pelo trinômio Bispo, presbíteros (anciãos) e diáconos.  Após este pano de fundo,  podemos voltar ao ano de 325,  estes Bispos que antes eram homens de Deus, eleitos pelos anciãos do povo e que foram martirizados por amor a Cristo. (antes de Roma aceitar o cristianismo). Com o passar do tempo e o envolvimento político passaram a viver regaladamente e a ter ciúmes de seus pares,  lutavam pela proeminência política, principalmente os Bispos de Roma e Alexandria,  assim no ano de 325,  o concilio convocado por Constantino alem de debater a questão fundamental que era a natureza de Jesus Cristo (se era ou não da mesma essência e substancia de Deus)  foi marcado por queixas e reclamações de menor importância dos bispos ao imperador.
Constantino ignorou toda a fofoca e mandou os bispos literalmente queimar suas queixas.
Basicamente existiam duas doutrinas com relação à natureza de Jesus Cristo, aqueles que criam que Jesus tinha uma única natureza e aqueles que criam que Jesus tinha duas naturezas a divina e a humana.
O Grupo de Ario (que defendia que Cristo não podia ser da mesma substancia que Deus, ele seria Criado por Deus) era em menor numero e não conseguiu convencer o imperador de sua doutrina,  assim este concilio definiu que Cristo e o pai tinham a mesma substancia.
Continuamos na proxima.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Cristianismo no Terceiro século parte 2.


Todo o verdadeiro Cristão sabe que Jesus iniciou a igreja  (um corpo espiritual e composto por pessoas de todas as tribos e nações) e que ser Cristão não é ter uma religião ou frequentar uma igreja.  Este pensamento permaneceu entre os apóstolos e os seguidores da fé cristã durante aproximadamente 300 anos, enquanto Roma permanecia perseguindo os cristãos a fé era preservada e a ortodoxia dos apóstolos permanecia firme, não havia tempo para ficar discutindo elucubrações teológicas e bobagens,  não havia disputa política, ser de Jesus era correr risco de ser perseguido e morto. Isto durou ate o ano 313, quando o imperador Constantino promulgou o edito de tolerância.
A igreja já sofria com muitas heresias é verdade, mas Deus sempre manteve um povo fiel e que “não se dobrava a baal” ou que não adorava os deuses romanos e nem prestava culto ao imperador. 
O poder de Roma já estava decadente nesta época e Constantino vislumbrou o cristianismo como meio de unificar  o império,  após a tolerância e a suposta conversão do imperador o Cristianismo “degringolou” de vez (desculpem a expressão) sim entrou em franca decadência,  as disputas políticas afloraram com a proximidade do poder romano, os teólogos que já simpatizam com a doutrina gnóstica se manifestaram e outros já questionavam a natureza de Cristo (um com o pai), (esta foi a parte ruim da aproximação do imperador com a igreja) tudo isto somado levou Constantino a encontrar uma igreja totalmente fragmentada e destituída da verdadeira unidade que Cristo desejava para seu povo.  A divisão da igreja em torno do pensamento de quem era Jesus era tão grande que Constantino foi obrigado a convocar o concilio de Niceia no verão de 325.  Ali o que seria debatido seria fundamental para a permanência ou não do Cristianismo como uma fé pratica em um Deus vivo e verdadeiro.

Continuamos na próxima.