Comentamos na ultima que Jerônimo como
todo bom tradutor resolveu que deveria trabalhar a partir dos originais
hebraicos para fazer a tradução para o Latim das escrituras.
Logo ele ficou surpreso com o fato das
escrituras Hebraicas não incluírem alguns livros que estavam na septuaginta
(versão dos setenta) ou LXX.
Estes livros chamados de
“deuteroncanonicos” (de um outro Canon) foram traduzidos porque em alguns
círculos de judeus eram aceitos antes do concilio de Jamnia. O próprio Jerônimo
era contrario a sua inclusão nas escrituras, ele os denominava “líber ecclesiastici” (livros da igreja) e não “líber canonici” (livros canônicos). No entanto
devido a pressão do clero acabou forçado a incluí-los na Vulgata. Após termino
de sua obra, a bíblia finalmente foi disponibilizada em uma versão precisa e
muito bem escrita, na linguagem que era a mais comum nas igrejas do ocidente,
ficou conhecida como “Vulgata” (do latin “vulgus” comum). Jerônimo exerceu
grande influencia em todos os estudiosos sérios da idade media, e deu uma
enorme contribuição para todos os estudantes das escrituras, parte de sua vida
foi dedicada ao estudo e tradução das escrituras, era um homem serio e que
amava verdadeiramente a Deus.
Mas por outro lado a tradução da bíblia
no idioma que toda igreja ocidental pudesse usar, acabou provocando uma
restrição ao conhecimento das escrituras, naquela época somente o clero e
alguns poucos conheciam o latim (o povo comum não o conhecia) a igreja acabou
por tornar esta tradução tão sacrossanta, que proibiu a tradução para outras línguas
e a sua leitura por leigos.
Centenas de anos mais tarde com a
reforma protestante as igrejas reformadas libertaram as escrituras para que chegassem
as mãos de todos.
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