terça-feira, 29 de maio de 2012

A Vulgata Latina (de Jerônimo) parte 3.


Comentamos na ultima que Jerônimo como todo bom tradutor resolveu que deveria trabalhar a partir dos originais hebraicos para fazer a tradução para o Latim das escrituras.
Logo ele ficou surpreso com o fato das escrituras Hebraicas não incluírem alguns livros que estavam na septuaginta (versão dos setenta) ou  LXX.
Estes livros chamados de “deuteroncanonicos” (de um outro Canon) foram traduzidos porque em alguns círculos de judeus eram aceitos antes do concilio de Jamnia. O próprio Jerônimo era contrario a sua inclusão nas escrituras, ele os denominava “líber ecclesiastici” (livros da igreja) e não “líber canonici” (livros canônicos). No entanto devido a pressão do clero acabou forçado a incluí-los na Vulgata. Após termino de sua obra, a bíblia finalmente foi disponibilizada em uma versão precisa e muito bem escrita, na linguagem que era a mais comum nas igrejas do ocidente, ficou conhecida como “Vulgata” (do latin “vulgus” comum). Jerônimo exerceu grande influencia em todos os estudiosos sérios da idade media, e deu uma enorme contribuição para todos os estudantes das escrituras, parte de sua vida foi dedicada ao estudo e tradução das escrituras, era um homem serio e que amava verdadeiramente a Deus.
Mas por outro lado a tradução da bíblia no idioma que toda igreja ocidental pudesse usar, acabou provocando uma restrição ao conhecimento das escrituras, naquela época somente o clero e alguns poucos conheciam o latim (o povo comum não o conhecia) a igreja acabou por tornar esta tradução tão sacrossanta, que proibiu a tradução para outras línguas e a sua leitura por leigos.
Centenas de anos mais tarde com a reforma protestante as igrejas reformadas libertaram as escrituras para que chegassem as mãos de todos.

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