ORIGEM DOS METODOS DE INTERPRETAÇÃO Parte 2

Método Histórico Gramatical

Em reação a linha de interpretação Alegórica surgida em Alexandria, surgiu em Antioquia (Síria) outra linha de interpretação, usando a abordagem literal das escrituras.

Luciano de Samosata (240 a 312 AD) Teólogo Cristão fundou em Antioquia uma escola de estudos bíblicos em oposição à linha alegórica, Luciano era conhecido pela erudição e conhecimento das línguas originais, esta abordagem literal foi à precursora do método Histórico Gramatical.

O método Histórico Gramatical e importante para balizar a interpretação bíblica, posto que o método alegórico abre uma grande lacuna que permite qualquer interpretação, mesmo que distorcida do texto sagrado, e certo que temos nas escrituras, passagens figuradas, alegóricas, mas estas devem ser analisadas também do ponto de vista gramatical e principalmente ser validada pelo seu contexto e pela sua língua original.

                                        Lucianus conhecedor das linguas originais

Método Histórico Critico

O atual método Histórico Critico que teve como embrião a abordagem alegórica, sofreu varias alterações desde seu surgimento em Alexandria, na verdade após o racionalismo, empirismo e iluminismo dos séculos XVIII e XIX que deram origem a Teologia Liberal, esta afetou profundamente o método histórico critico.

Do principio quando o método apenas usava a abordagem figurada, alegórica das escrituras, usando princípios de Platão, Heráclito e Filo, o texto ainda era considerado sagrado, com uma explicação alem da letra (figurada) visto que era considerado espiritual.

No entanto, após as transformações da era do Iluminismo, em que a decadência do Clero e a decepção com as religiões colocaram o homem no centro de tudo, este método histórico sofreu uma transformação, o texto bíblico é reduzido a um texto como qualquer outro, e passou-se a usar outros textos para interpretar as escrituras, e ocorrendo contradição com o relato de outro texto antigo, o adepto do modelo Histórico Critico parte do pressuposto que o outro documento e verídico e as escrituras não.

Esta influencia da Teologia Liberal tem um contraditório, pois, para a critica histórica ser verdadeira outros textos antigos que são comparados com as escrituras, deveriam sofrer a mesma critica antes de ser considerado verídico.