quinta-feira, 12 de abril de 2012

Apócrifos os Excluidos


Falamos nas ultimas postagens sobre as evidencias que possuem o novo testamento grego que comprovam a validade do texto que chegou ate nós.
Temos, entretanto alguns livros que não foram aceitos no Canon judaico e também pelas igrejas reformadas. Mas abraçados pela tradição católica romana. Estamos falando dos livros apócrifos a sua grande maioria esta situada no Antigo Testamento, estes livros teriam apenas valor histórico e narrativo sem ter credencial de “divinamente inspirado”.                                 
A palavra apócrifo significa “Oculto” ou “Duvidoso”. Os que aceitam esses documentos preferem chamá-los “deuterocanônicos”, isto é: livros do “segundo cânon”.  E quem pode opinar sobre as escrituras do velho testamento a não ser o próprio povo Hebreu, ora aos Israelitas foram confiados os oráculos de Deus no A.T.  Conforme Romanos 3:2.
No final do primeiro século e inicio do segundo foi realizado um concilio Rabínico na cidade de Jamnia, este concilio tinha um propósito maior de dar um rumo para o judaísmo após a destruição de Jerusalém  e do Templo pelos Romanos, mas também decidiram considerar como textos canônicos do Judaísmo apenas os livros escritos em língua Hebraica e que estivessem situados até o tempo do profeta Esdras.
Os romanos decidiram aceitar os apócrifos e ouve grande controvérsia em todo o período da reforma, somente foi definido pelos católicos romanos na quarta sessão do Concilio de Trento em 08 de Abril de 1546.
Na verdade alguns livros apócrifos não passam de fabulas, como no caso de “Bel e o Dragão” e outros têm certo valor histórico como no caso dos livros dos Macabeus.
Jerônimo rejeitou explicitamente os apócrifos como parte do cânon. Ele disse que a igreja os lê "para exemplo e instrução de costumes", mas não "os aplica para estabelecer nenhuma doutrina” (Prefácio do Livro de Salomão da Vulgata, citado em Beckwith, p. 343). Na verdade, ele criticou a aceitação injustificada desses livros por Agostinho. A princípio, Jerônimo até recusou-se a traduzir os apócrifos para o latim, mas devido à pressão dos bispos romanos acabou por fazer uma tradução rápida de alguns livros.
Cabe fazer uma observação importante: estamos falando dos livros Apócrifos, estes foram aceitos no concilio de Trento pelos romanos e estão na bíblia católica diferem da Bíblia das igrejas reformadas em numero de 11 livros: 7 livros completos: Tobias, Judite, I e II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico e 4 partes de livros (2 acréscimos ao Livro de Ester e 2 acréscimos ao livro de Daniel). Estes livros não podem ser confundidos com os livros Pseudepigrafos (livros escritos pelos judeus e que foram batizados com nomes de personagens famosos para lhes dar credibilidade, como “testamento dos 12 patriarcas”, “Ascensão de Moises” etc.) estes não são aceitos por ninguém, nem pelos judeus, nem pelos católicos e tão pouco pelas igrejas reformadas.
Conclusão:
Ora se os Hebreus não aceitaram em seu Canon nenhum outro livro porque os católicos romanos o fizeram ? Por discordar das igrejas reformadas e por pura vaidade de alguns bispos, pois na tradução da vulgata (versão para o latim) Jerônimo não queria fazer a tradução dos livros que não estavam no Hebraico (apócrifos), mas por conta da pressão do clero foi forçado a fazê-lo.

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