sexta-feira, 27 de abril de 2012

O tempo e a Criação.

Não vejo nenhum problema na teoria do Big Bang porque na verdade esta é, mas uma teoria, mas em minha opinião a mas plausível dentre as que foram colocadas pelos físicos e cientistas. Quando as escrituras afirmam: "e disse Deus haja luz.” Genesis 1:3 este Fiat Lux  (latim).
Imagino que foi como um Big Bang, porque para gerar luz suficiente para iluminar um universo recém criado tem que ser uma grande, uma enorme estrela explodindo. Agora pense se ele criou a terra e temos a afirmação que ela "era sem forma e vazia...” Genesis 1:2 logo ela levou um tempo que não sabemos qual foi para que ela estivesse completa como a conhecemos ok.  Assim quando a terra foi formada, o universo já estava criado, pense novamente, a terra e um planeta dentro de uma galáxia e temos outras galáxias   que unidas formam nosso universo, este e formado por galáxias, objetos que são desconhecidos (buracos negros) estrelas de inúmeras grandezas e outros que nem mesmo tenho idéia. Agora veja bem, tudo isto para ser criado precisava de um "vácuo" porque o nosso universo esta contido em um espaço (estou chamando este espaço de vácuo) e aquele que criou tudo isso não poderia estar dentro deste espaço, porque se assim estivesse ele não poderia ter criado o espaço ou o "vácuo" para colocar tudo dentro. E como se fosse uma bola de aniversario, quem sopra a bola não pode estar dentro dela ok. Onde estou chegando com tudo isso, Deus não pode estar sujeito ao tempo, porque o tempo esta contido dentro deste espaço chamado universo, e ele esta "acima" ou fora dele. Por isso a bíblia diz que "ele chama a existência as coisas que não existem" Romanos 4:17. E ele "é o Senhor que Era, que É e que Ha de vir”, Apocalipse 1:18. Quando a terra foi criada, o Criador já sabia da queda do homem e planejou a nossa redenção, por isso as escrituras dizem que "ele nos elegeu em Cristo (nele) antes da fundação do mundo".     Efesios 1:4.

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Doutrina gnóstica. Parte2.


Alguns mestres gnósticos afirmavam que o estilo de vida era totalmente desconectado da salvação, para eles salvação e espiritualidade estavam acondicionadas nos conhecimentos secretos através das esferas angelicais (eons). (doutrina dos nicolaitas ).Quando Jesus mandou João escrever as igrejas da Ásia, a igreja de Efeso, tinha a seu favor que  odiavam as obras dos nicolaitas. “Tens, porém, isto: que odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio”. Apocalipse 2:6.
Que obras eram estas? Os nicolaitas ensinavam que era possível cometer pecado sem prejudicar a alma. (para eles quem comete pecado é o corpo) concluímos que a doutrina dos nicolaitas e uma variante dos gnósticos.
Segundo os gnósticos o deus “bom”  gerou outros seres divinos com sexos definidos, estes seres (aeons) podem gerar outros seres divinos que podem habitar outros mundos. Desta parte da filosofia gnóstica surgiu inúmeras vertentes, note a semelhança com o pensamento de Kardec, “De todos os globos que constituem o nosso sistema planetário, segundo os Espíritos, a terra é daqueles cujos habitantes são menos adiantados, física e moralmente; Marte lhe seria ainda inferior, e Júpiter, muito superior, em todos os sentidos... Muitos Espíritos que animaram pessoas conhecidas na Terra disseram estar reencarnados em Júpiter” [1]. Observe que Kardec considera possível um ser evoluído habitar em outros mundos. (pensamento de origem gnóstica).
O gnosticismo também inspirou a Teosofia, a criadora desta filosofia Elena Petrovna Blavatskay mística, bruxa, esotérica. tem idéias que foram trazidas do gnosticismo, esta mulher criou toda a base da teosofia, brevemente vamos fazer uma postagem sobre ela e a Teosofia.
Conclusão
A doutrina gnóstica e tremendamente perigosa, ela tem um ponto verdadeiro na sua raiz,  ‘o espírito, na verdade, está pronto, mas a carne é fraca. ’ Mateus 26:41; (eles usam este versículo) ‘Miserável homem que eu sou! Quem me livrará do corpo desta morte?’ Romanos 7:24.
Nos sabemos perfeitamente que nosso corpo esta rendido ao pecado, mas Cristo falou, ‘Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres. e ‘conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará. João 8;36 e 32. E o que é a verdade a não ser que Cristo veio em carne, padeceu na Cruz por nossos pecados, e tem o poder de nos libertar para vivermos uma nova vida. Esta é a verdadeira Gnose (conhecimento).

1- O Livro dos Espíritos, capítulo IV, 188, nota 1

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Gnosticismo.


Doutrina gnóstica

O gnosticismo vem da palavra grega “gnoses” que significa conhecimento tornou-se uma forte influência na Igreja primitiva levando muitos cristãos da época como Marcião (160 d. C.) e Valentim de Alexandria a ensinar sobre a cosmovisão dualista.
Algumas das tendências declaradas do gnositicismo são: 1-Materia e espírito coexistem eternamente (dualismo ontológico) A matéria é má e o espírito é bom. 2-Deus, que é espírito, não pode estar envolvido diretamente em criar matéria, que é má. 3-Há emanações (eons ou níveis angélico) entre Deus e a matéria. A ultima ou mais baixa dessas emanações seria YHWH (Jeová) do velho Testamento, que formou o universo (kosmos), 4-Jesus era uma emanação como YHWH, porém em uma escala mas alta, alguns o colocavam como o mais alto, porém ainda menor do que Deus e certamente não a encarnação da Divindade. Uma vez que a matéria é má, Jesus não podia ter um corpo humano e continuar sendo Divino.. 5- A salvação era obtida através da fé em Jesus mais conhecimentos especiais, somente conhecido por pessoas especiais.
Do mundo imperfeito e que surge todo sofrimento humano. Entretanto o deus bom dotou o homem de uma centelha divina, esta permite ao homem despertar deste mundo e alcançar através do conhecimento a libertação.
Ora já na época do apostolo João estava surgindo esta filosofia, eles afirmavam que Cristo não veio em um corpo físico, pois assim não seria perfeito, por isso João teve que afirmar categoricamente em sua epistola a encarnação de Jesus Cristo. ”Nisto conhecereis o Espírito de Deus: Todo o espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus;” 1 João 4:2.
Continuamos com o Gnosticismo na próxima.

terça-feira, 17 de abril de 2012

A Epistola de João


Olhando a epistola do Apostolo João vemos sua preocupação com as igrejas da Ásia, já neste período surgiram muitos falsos mestres com ensinamentos contrários a Fe dos apóstolos.
Mas você pode perguntar o que é a Fe dos apóstolos, ela foi sintetizada na declaração de Pedro em Mateus 16:16, “tu es o Cristo o filho do Deus vivo” esta declaração é o supra-sumo da fé apostólica.
A epistola de João foi escrita provavelmente de Efeso onde o apostolo residia, e sabemos que segundo a tradição João foi o ultimo dos apóstolos ainda vivo, sua epistola toca em pontos cruciais da fé Cristã genuína.
Com o passar dos anos o movimento que começou com os apóstolos de Cristo foi sendo minado e começou a surgir no meio dos discípulos uma doutrina que misturava a fé cristã a pensamentos filosóficos, doutrinas gnósticas e pensamentos vindos de filosofias gregas, este caldeirão de crenças resultava em um cristianismo distorcido, (o que esta ocorrendo hoje também em muitas denominações que se dizem Cristãs). Começaram a surgir questionamentos quanto à natureza de Cristo, (ele tinha uma natureza carnal? ele era humano?)
O apostolo declara enfaticamente “todo espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne e de Deus, mas quem nega e o espírito do anticristo”. I João 4:2 e 3. outras filosofias questionavam a conduta dos Cristãos, ora se Cristo já nos resgatou estamos livres para viver sem culpa..podemos cair nas nossas tendências porque quem peca e o corpo, veja a resposta de João “Aquele que diz: Eu o conheço, e não guarda os seus mandamentos, é mentiroso, e nele não está a verdade;” e “aquele que diz estar nele, também deve andar como ele andou. “1 João 2:4 e 6.
Nosso espírito já esta livre em Cristo assim não temos, mas pecado, e o que o apostolo deixa bem claro “se dissermos que não temos pecado mentimos e a verdade não está em nos”.  I João 1:8.10.
A verdade e que a Fe apostólica esta sendo atacada e distorcida em muitas denominações, a filosofia e o misticismo e o mesmo apenas com uma roupagem do século XXI, querendo se fizer passar por sábios muitos falsos “apóstolos”, “bispos” e “mestres” são loucos que vendem um evangelho que não foi pregado nem por Cristo e nem pelos apóstolos.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Apócrifos os Excluidos


Falamos nas ultimas postagens sobre as evidencias que possuem o novo testamento grego que comprovam a validade do texto que chegou ate nós.
Temos, entretanto alguns livros que não foram aceitos no Canon judaico e também pelas igrejas reformadas. Mas abraçados pela tradição católica romana. Estamos falando dos livros apócrifos a sua grande maioria esta situada no Antigo Testamento, estes livros teriam apenas valor histórico e narrativo sem ter credencial de “divinamente inspirado”.                                 
A palavra apócrifo significa “Oculto” ou “Duvidoso”. Os que aceitam esses documentos preferem chamá-los “deuterocanônicos”, isto é: livros do “segundo cânon”.  E quem pode opinar sobre as escrituras do velho testamento a não ser o próprio povo Hebreu, ora aos Israelitas foram confiados os oráculos de Deus no A.T.  Conforme Romanos 3:2.
No final do primeiro século e inicio do segundo foi realizado um concilio Rabínico na cidade de Jamnia, este concilio tinha um propósito maior de dar um rumo para o judaísmo após a destruição de Jerusalém  e do Templo pelos Romanos, mas também decidiram considerar como textos canônicos do Judaísmo apenas os livros escritos em língua Hebraica e que estivessem situados até o tempo do profeta Esdras.
Os romanos decidiram aceitar os apócrifos e ouve grande controvérsia em todo o período da reforma, somente foi definido pelos católicos romanos na quarta sessão do Concilio de Trento em 08 de Abril de 1546.
Na verdade alguns livros apócrifos não passam de fabulas, como no caso de “Bel e o Dragão” e outros têm certo valor histórico como no caso dos livros dos Macabeus.
Jerônimo rejeitou explicitamente os apócrifos como parte do cânon. Ele disse que a igreja os lê "para exemplo e instrução de costumes", mas não "os aplica para estabelecer nenhuma doutrina” (Prefácio do Livro de Salomão da Vulgata, citado em Beckwith, p. 343). Na verdade, ele criticou a aceitação injustificada desses livros por Agostinho. A princípio, Jerônimo até recusou-se a traduzir os apócrifos para o latim, mas devido à pressão dos bispos romanos acabou por fazer uma tradução rápida de alguns livros.
Cabe fazer uma observação importante: estamos falando dos livros Apócrifos, estes foram aceitos no concilio de Trento pelos romanos e estão na bíblia católica diferem da Bíblia das igrejas reformadas em numero de 11 livros: 7 livros completos: Tobias, Judite, I e II Macabeus, Baruque, Sabedoria e Eclesiástico e 4 partes de livros (2 acréscimos ao Livro de Ester e 2 acréscimos ao livro de Daniel). Estes livros não podem ser confundidos com os livros Pseudepigrafos (livros escritos pelos judeus e que foram batizados com nomes de personagens famosos para lhes dar credibilidade, como “testamento dos 12 patriarcas”, “Ascensão de Moises” etc.) estes não são aceitos por ninguém, nem pelos judeus, nem pelos católicos e tão pouco pelas igrejas reformadas.
Conclusão:
Ora se os Hebreus não aceitaram em seu Canon nenhum outro livro porque os católicos romanos o fizeram ? Por discordar das igrejas reformadas e por pura vaidade de alguns bispos, pois na tradução da vulgata (versão para o latim) Jerônimo não queria fazer a tradução dos livros que não estavam no Hebraico (apócrifos), mas por conta da pressão do clero foi forçado a fazê-lo.

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Porque Cremos nas Escrituras. Parte 2.


Os manuscritos gregos do novo testamento são classificados de acordo com o material usado para a escrita (papiro ou pergaminho) e com o tipo de letra que foi empregado, Unciais (maiúscula) ou Minúsculas.
Alem dos 5000 manuscritos que citamos na ultima postagem que estão sob diversas formas, ainda temos a copia de tradução completa como é o caso da Vulgata Latina  que possui aproximadamente 5000 copias que podem ser comparadas com as versões Siríacas, Cóptica, Armênia  e Gótica,  estas versões do novo testamento somadas fazem com que haja mais de 13000 mil registros.  Embora este grande volume de copias de margem para faltas involuntárias e intencionais do texto, por outro lado o tornam muito mais completo porque permitem um grande numero de elementos para comparação.
As designações atribuídas aos manuscritos não são uniformes, entretanto a maioria dos estudiosos  representa os maiúsculos por letras Latinas, Gregas ou Hebraicas ( A, B, C, X, Z etc..). E os minúsculas por algarismos arábicos.

Os principais papiros encontrados são:

P45 possui fragmentos dos 4 evangelhos e de Atos dos Apóstolos encontra-se em Dublim., P46 datado aproximadamente do ano 200 possui o texto das cartas Paulinas na seguinte seqüência: Romanos, Hebreus, 1 e 2 Coríntios, Efésios, Gálatas, Filipenses, Colossenses também se encontra em Dublin.
P52 datado do ano de 125. E o fragmento mais antigo do Novo Testamento. Possui os textos do Evangelho de João 18:31 a 33 e 18:37, 38 encontram-se na John Rylands em Manchester. Temos ainda os P66 vinte capítulos de João, P72 1 e 2 Pedro e Judas, P75 Copia mas antiga do evangelho de Lucas,  estes três se encontram em Genebra.

Principais Códices.

Citamos apenas os principais (e de maior relevância em meu entendimento), existem outros ainda que não comentaremos, para que a postagem não fique cansativa.
Códice Sinaitico
Representado pela letra hebraica (Alefe)  X
Encontrado no inicio do século IV contem todo o novo testamento alem da carta de Barnabé e parte do Pastor de Hermas.

Códice Alexandrino
Representado pela letra A.
Encontrado no século V,  possui a Septuaginta (primeira versão grega do velho testamento e a mas importante,  provavelmente usada pelos apóstolos).
Encontra-se no museu Britânico de Londres.

Códice Vaticano.
Representado pela letra B.
Encontrado no inicio do século IV. Possui as cartas pastorais(Timóteo e Tito) Hebreus, Samuel alem da Septuaginta. Este arquivado na Biblioteca do Vaticano.

Códice de Beza
Representado pela letra D.
Sua origem e do século V ou VI. É um manuscrito Grego-Latino, o mais antigo dos Bilíngües conservados. Contem os 4 Evangelhos alem de Atos dos apóstolos.

Conclusão:
Cremos na intervenção sobrenatural do Criador na conservação das escrituras               
De que outra maneira elas teriam chegado até nos.?
Sabemos que independentemente de crer no que elas dizem ou não (isto é questão de Fé), não se pode negar sua evidencia e validade textual, que é demonstrada pelo numero de manuscritos que ratificam o texto que chegou até nossos dias. Comprovadamente nenhum outro documento antigo possui o numero de manuscritos que possui o Novo Testamento Grego, e sua evidencia e comprovada pelos estudiosos e Papirologistas, com extenso trabalho de pesquisa que constatou que do texto que chegou ate  nossos dias 85 a 90% podem ser comprovados pelos manuscritos gregos, a diferença não encontrada refere-se a erros de tradução ou omissões que podem ser identificados com a comparação de fragmentos similares.

terça-feira, 3 de abril de 2012

Porque Cremos nas Escrituras


As escrituras chegaram ate nós de forma completa, inegável e irrefutável.
Não há como negar que somente com a intervenção de seu autor (Deus) ela poderia ter chegado da forma como chegou, completa e com muitas fontes que testificam sua autoria.
Quem já não ouviu esta bobagem “a bíblia foi escrita por homens..” “ela foi manipulada” etc...Quem fala estas coisas “não sabe da missa um terço” como diria minha avo. Sim é fato que Deus usou homens para escrever sua palavra, ele não iria usar um elefante, ou ele mesmo pegar em um papel e escrever. Foram homens inspirados por Deus, tanto é assim que o que esta escrito se cumpre sem sombra de duvidas, como explicar que 700 anos antes de Cristo nascer Isaias já profetizava seu nascimento ?
ok vou deixar a questão da Fé de lado e vamos analisar apenas a questão da validade do texto.Quando se considera o numero de copias, o Novo testamento possui documentos muito mais numerosos do que as obras dos classicos¹.
Embora os clássicos gregos tenham mais de 150 autores, das tragédias gregas sobraram muitos poucos fragmentos, e apenas três autores Ésquilo, Sófocles e Eurípides, chegaram uma obra mais abrangente até nós, mesmo assim parte dela.E o que dizer de “a ILÍADA” obra de Homero que relata a luta entre gregos e troianos, mesmo tendo apenas um resquício de fragmento ninguém questiona a validade do texto ou a autoria de Homero.
Mas com relação as escrituras nos temos somente do novo testamento mas de 5.000 manuscritos, sobe diversas formas, 96 papiros, 299 maiusculos, 2812 minusculos e 2281 legionários (passagens do novo testamento selecionados pela liturgia cristã para leitura e celebrações nos cultos ) e deste volume vários estudiosos e papirologistas já constataram que 85% batem com o texto que chegou até nós. Assim não aceito quando alguém fala a bobagem que o texto bíblico e distorcido ou manipulado,  podem não crer, mas não podem negar a validade do texto, isso é fato.
Na próxima vamos analisar um pouco mais a forma e o material que chegou ate nós.


1-     Comparativo entre os manuscritos gregos e a literatura clássica
Conforme Kroll  1973. pag.93-98.