quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

A Teologia da dispensação, Origem

Antes de ser uma teologia o dispensacionalismo era um movimento que surgiu em meados do século passado na Inglaterra, através de um grupo que era denominado de “irmãos” ou “irmãos de Plymouth”, por ter sido nesta cidade sua sede principal. O seu principal mentor foi John Nelson Darby (1800- 1882). Um irlandês que estava contrariado com os rumos tomados pela igreja Anglicana, da qual ele era ministro. Darby juntou-se ao grupo dos Irmãos em 1827.  Já em 1830 era seu principal líder, uma vez que tinha grande capacidade de coordenar e era hábil em escrever.
Os irmãos se caracterizaram por estudar semanalmente as escrituras, e celebravam a Ceia do Senhor, tinham desprezo por qualquer denominação e rejeitavam qualquer sistema clerical ou classe de ministério, eles tinham a idéia que estavam regressando a forma simples de culto e governo do inicio do cristianismo como foi com os apóstolos.
Cabe observar que alguns grupos buscam isso hoje em dia, no entanto vivemos em outra época, com uma estrutura social completamente diferente, eu entendo que viver um cristianismo estruturado nos mesmos moldes da época apostólica hoje é praticamente impossível.
No inicio o tema da volta de Cristo não era o centro dos estudos bíblicos dos irmãos, mas logo passou a ocupar, Darby e seus seguidores passaram a alardear que “haviam redescoberto verdades” que foram ocultas ao longo da história, fazia parte desta descoberta à “interpretação literal das escrituras”.
Assim as descobertas de Darby e dos Irmãos ganhou grande proeminência nos círculos evangélicos graças à grande capacidade de Darby em escrever suas idéias.
As idéias Centrais.
O Dispensacionalismo foi desenvolvimento sobre três pilares fundamentais. O primeiro e uma interpretação estritamente literal das escrituras, o segundo uma separação total entre Israel do antigo testamento e a igreja do novo, e o terceiro argumento principal e que o período da igreja e um parêntese no planejamento de Deus para com Israel.
Vamos continuar analisando o dispensacionalismo na próxima, um grande final de ano a todos !!

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O LIVRO A CABANA


O mundo editorial não vê muitos livros atingirem o status de "sucesso total". No entanto, o livro A Cabana, escrito por William Paul Yong, superou esse status. O livro, publicado originalmente pelo próprio autor e dois amigos, já vendeu mais de dez milhões de cópias e já foi traduzido para mais de trinta idiomas.
Este trata de um drama vivido pelo seu personagem principal que teve sua filha assassinada. Neste ponto o personagem recebe uma mensagem de Deus para encontrá-lo em uma cabana.
O livro tenta responder a questão que há muito tempo e debatida pelos filósofos e teólogos, a questão do mal e o caráter de Deus.
Usando uma narrativa em forma de teodiceia (parte da filosofia que estuda a justiça de Deus). Ele apresenta seus personagens: Deus, o Pai, é representado como "Papai", uma mulher afro-americanaJesus, por um carpinteiro judeu e "Sarayu",  uma mulher asiática, é identificada como o Espírito Santo.
O Livro apresenta uma serie de diálogos entre estes três personagens sendo que “papai” e um Deus totalmente diferente do Deus das escrituras, ele não exerce sua justiça, e nas entrelinhas afirma que toda a humanidade será redimida.
O ponto crucial é: que uma trindade apresentada na forma de pessoas divinas nada convencionais, já é antibiblica, ainda mais quando estes personagens não refletem o caráter do verdadeiro Deus.
O livro não é apenas uma ficção ou teodiceia sobre a trindade, ele passa em seus conceitos uma salvação universal, e redenção sem olhar para a Cruz. Ora este ensinamento é maligno, porque debaixo do céu não existe nenhum outro nome pelo qual possamos ser salvos que não seja Jesus Cristo. Atos 4:12.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Natal o verdadeiro sentimento


Natal e maravilhoso! A troca de presentes, a família reunida, a fraternidade, o clima de confraternização é tudo muito bom! Mas natal não é somente isto, alias o verdadeiro sentido do natal é aquele que foi profetizado por Isaias 700 anos antes de Cristo nascer: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz. Isaias 9:6. O Povo judeu esperou durante muitos anos pela vinda do salvador, e vivia um momento político e histórico muito conturbado com o domínio Romano. O Salvador estava ali, mas poucos se deram conta, e somente aqueles que estavam “ligados” e “sintonizados” com Deus perceberam este momento.
No evangelho de Lucas no capitulo dois a partir do verso 25, e contado o episodio de Simeão, este era um homem idoso e as escrituras dizem que era um homem justo e temente a Deus, ele recebeu uma revelação do Espírito de Deus que não morreria sem que visse primeiro o Cristo. Após pegar o salvador em seus braços, ele declarou para seus pais: “E Simeão os abençoou, e disse a Maria, sua mãe: Eis que este é posto para queda e elevação de muitos em Israel, e para sinal que é contraditado (E uma espada traspassará também a tua própria alma); para que se manifestem os pensamentos de muitos corações.” Lucas 2:34-35.
Cristo ainda era um bebe, mas a declaração de Simeão é profética, ele é posto para queda e elevação de muitos em Israel, ou seja, para salvação e perdição, quem não crê nele esta indo para perdição, e ele foi traspassado para manifestar o pensamento de nossos corações.
O maior presente de natal que podemos ganhar não é um carro novo, uma casa ou qualquer coisa material, isso tudo é muito agradavel, mas o presente que eu queria mesmo, e ter a mesma percepção que teve o idoso Simeão, ter a sensibilidade para perceber quando estiver próximo o dia de nosso encontro com o salvador.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O Deus do Pacto.

Nas escrituras vemos que sempre que Deus se relaciona com o homem, ele faz um compromisso, uma aliança, um pacto.
Em Genesis capitulo 15 Abraão estava a se lamentar com o criador porque apesar de ter muitas posses, não tinha um filho, ele perguntou se um dos seus criados seria seu herdeiro, (verso 3), mas logo Deus lhe falou que seria um descendente nascido de suas entranhas (verso 4). Ele já estava ficando idoso, e estava um tanto quanto angustiado por não ter descendente, mas note que o criador o levou para fora e disse “olha para os Céus, você consegue contar as estrelas? assim será a tua descendência.” Genesis 15:5.
Contrariando todas as expectativas ele Creu em Deus e isto lhe foi imputado como justiça (verso 6). Depois disso o criador lhe revelou o que seria o futuro de sua descendência (falou da escravidão no Egito e do livramento que Deus traria aos seus descendentes).
Anos antes o Criador já tinha feito um pacto semelhante com Noé e sua família, sendo Noé naquele tempo, o único achado integro no meio de uma geração totalmente degradada.
Lembrei deste pacto quando sexta passada (16/12), após intensas chuvas aqui no Rio de Janeiro apareceu sobre o Céu um maravilho arco-íris.

                            arco iris sobre o ceu do Rj em 16/12.

Muitos não têm noção que o arco-íris e um sinal do pacto que Deus fez com Noé de que jamais haveria inundação da terra novamente.
“falou Deus a Noé e a seus filhos com ele, dizendo: E eu, eis que estabeleço a minha aliança convosco e com a vossa descendência depois de vós. E com toda a alma vivente, que convosco está, de aves, de gado, e de todo o animal da terra convosco; com todos que saíram da arca, até todo o animal da terra. E eu convosco estabeleço a minha aliança, que não será mais destruída toda a carne pelas águas do dilúvio, e que não haverá mais dilúvio, para destruir a terra. E disse Deus: Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas. O meu arco tenho posto nas nuvens; este será por sinal da aliança entre mim e a terra. E acontecerá que, quando eu trouxer nuvens sobre a terra, aparecerá o arco nas nuvens. Então me lembrarei da minha aliança, que está entre mim e vós, e entre toda a alma vivente de toda a carne; e as águas não se tornarão mais em dilúvio para destruir toda a carne.”
Gênesis 9:8-15
Toda vez que surgir um arco no céu, devemos lembrar que este é o sinal que ele (o criador) sempre cumpre suas promessas.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

A Ressurreição de Cristo.


A primeira vinda de Cristo foi o cumprimento de uma promessa feita ao primeiro casal, quando o Criador disse para a Serpente Genesis 3:15, (como comentamos antes) e depois a Israel, “o rebento de Jesse “Isaias 11.
Ora tudo que Cristo fez foi o cumprimento escatológico do que falaram os profetas no Antigo Testamento.
As escrituras dizem que a ressurreição de Cristo foi uma promessa feita “aos pais e Deus a cumpriu a nós ressuscitando a Jesus” Atos 13:32.  A ressurreição de Jesus é cumprimento de uma promessa!! Davi já profetizava dizendo que a alma de Cristo não ficaria no Sheoll não o seu santo veria corrupção Salmo 16:10.
Assim como sua vinda era promessa sua ressurreição também, e não somente para Israel na antiga aliança, mas para nós que vivemos a esperança da segunda promessa, os anjos falaram aos discípulos, “porque estão olhando para o Céu , assim como ele esta subindo, assim ele vira do mesmo modo.” Atos 1:11.
Sua ressurreição é garantia de sua volta e não apenas isto, ela deve gerar em nos expectativa de viver para ele, “pois por nos ele morreu e ressuscitou” 2 coríntios 5:15.
Alem de garantia de sua volta ele nos deixou um “penhor” o Espírito Santo é para nós penhor e garantia de que ele retornara para nos resgatar Efésios 1:12 a 14.
Conclusão
A Ressurreição de Cristo é para nós garantia de que ele voltara e não somente isto, alem de prometer na sua palavra ele nos Deu uma garantia real, viva e poderosa a sua companhia pelo seu Espírito, esta é um penhor que nos da uma certeza interna que ele vira para nos resgatar como possessão. Ora o homem natural não vai entender todos os propósitos de sua ressurreição, não foi apenas o simples fato de não ficar na morte, mas que isso, ele o fez por nós e para nos demonstrar que Cristo, foi feito a premissa dos que dormem.             1 Coríntios 15:20.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A Expiação de Cristo.


A palavra expiação e usada com grande numero de significados para denotar o que os estudiosos e os teólogos queriam dizer com satisfação, Os teólogos enfatizam o aspecto de satisfazer uma divida As escrituras mostram o aspecto da remissão, reconciliação, e resgate.
A doutrina da expiação tem suas raízes no Antigo Testamento, a palavra no Hebraico e Kephar, ela também e traduzida como reconciliar, purificar, pacificar, apaziguar, absolver.
No tabernaculo do antigo testamento ficava o santo dos santos, dentro dele ficava a arca da aliança, esta representava a presença de Deus, e sobre a arca ficava uma tampa de ouro com a figura de dois querubins chamada propiciatório.  Ora era sobre o propiciatório que o sangue era derramado para cobrir (Kephar) os pecados.
A palavra no grego para propiciatório é hilasmos, e hilasterion (propiciação), “E ele é a propiciação (hilasterion) pelos nossos pecados, e não somente pelos nossos, mas também pelos de todo o mundo”. 1 João 2:2.
Cristo satisfez nossa divida, ele é o lugar (propiciatório) onde nós somos redimidos e perdoados. A palavra redenção no grego agorazo, lutroo, apolutrosis (e seus derivados), a idéia básica de todas essas palavras é “comprar”, “remir, por compra, do mercado de escravo”, “redimir pagando um preço”, “libertar pagando um resgate”. O substantivo grego mais comum é apolutrosis, que aparece dez vezes no Novo Testamento. Segue dois exemplos:
“Em quem temos a redenção (apolutrosis) pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo as riquezas da sua graça” Efésios 1:7
“E por isso é Mediador de um novo testamento, para que, intervindo a morte para remissão (apolutrosis) dos pecados que havia debaixo do primeiro testamento, os chamados recebam a promessa da herança eterna” Hebreus 9:15.
A expiação feita no calvário tem um efeito muito maior do que poderia estas simples palavras tentar descrever, Cristo nos redimiu nos resgatou, pagou um alto preço por nós, em suma nos amou...
Não e por nosso sacrifício, méritos ou qualquer coisa que venhamos a fazer, o preço que Jesus pagou foi sem medida para nos salvar, este é o mistério que não entendemos na expiação de Cristo, como ele nos amou...de tal maneira...nos amou !

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

A Encarnação de Cristo. continuação


Comentamos na ultima que Deus já havia prometido desde o livro de Genesis a vinda de Cristo, e sua preexistência antes da criação de tudo. Entendo que para a maioria dos Cristãos isto é verdadeiro, Cristo já existia na fundação do mundo e estava com Deus, mas como é possível nele habitar a plenitude da divindade? 
Ora Cristo era cem por cento homem, teve sede, fome, ficou cansado, chorou, sentiu dor etc.
Somente um homem normal passa por estas coisas, mas ele também era 100% Deus, só Deus sabe o que esta nos pensamentos das pessoas, veja este exemplo que esta em Marcos 2:1 a 11.
Quando Cristo perdoou um paralitico em Carfanaum, os judeus pensaram que ele falava blasfêmia e Cristo no mesmo instante perguntou, qual e mais fácil perdoar pecados ou curar...?
Só Deus pode comandar os elementos da natureza, quando os discípulos entraram em um barco e o vento e o mar agitado os levaram, Cristo que estava dormindo, acordou e repreendeu o vento e o mar.. Lucas 8:24 e 25.
Como ele pode ser cem por cento homem e Deus ? Nós não alcançamos e é complicado mesmo para nossa mente entender isso, mas é o que as escrituras dizem, é revelação de Deus na sua palavra, e nós cremos! Temos convicção que o Verbo se fez carne, e habitou entre nós.
O Criador mesmo se comprimiu em nossa forma humana, aquele que Criou as galáxias, as supernovas e as estrelas de primeira grandeza, num corpo limitado e fraco como o nosso!
Somente por revelação do Espírito de Deus você pode entender nossa mente não vai alcançar.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Mistérios que não entendemos


Existem muitas coisas que não entendemos nas escrituras e precisamos de humildade para reconhecer nossa limitação e pedir ajuda ao Altíssimo que tudo sabe. Vamos ver nas próximas postagens três mistérios que vemos nas escrituras relacionados à pessoa de Jesus Cristo.
O primeiro e sua encarnação, o segundo o sacrifício vicário na Cruz e o terceiro sua ressurreição.
Ora a incompreensão destes mistérios foi à origem de muitas heresias no passado e continuam a provocar muita confusão.
Vamos tentar lançar uma visão das escrituras sobre cada um destes assuntos: a Encarnação, a Expiação e a Ressurreição.
Precisamos olhar através de uma Lupa para ver o que a escritura diz em seu corpo sobre estes assuntos, a dificuldade no entendimento destes, se deve a dois fatores: o primeiro e a nossa própria limitação como já falei e o segundo e que se você olha estes assuntos buscando parcialmente em alguns textos da bíblia você não tem uma visão completa, mas sim uma visão bem limitada sobre um assunto deveras difícil de compreender.

A Encarnação de Cristo.
Cristo foi prometido desde o jardim do Éden, quando Deus disse à serpente que iria por inimizade entre a semente da mulher e a semente da serpente, “esta te ferirá a cabeça...” Genesis 3:15.       Alguns detalhes são interessantes nesta passagem, veja só, Deus diz à serpente que a semente da mulher ferira sua cabeça, onde esta o poder da serpente? Não é nas suas presas que estão na cabeça, assim Cristo “retirou” na cruz o poder da serpente e claro foi ferido por ela em seu calcanhar.
Mas ele já existia antes da criação de tudo, ele subsistia em forma de Deus, não da para arrumar palavras como algumas religiões tentam fazer Filipenses 2:6, diz que ele subsistia (existia antes) em forma de Deus, o mundo foi feito por intermédio dele.João1:10, e em Colossenses 2:9, “nele habita corporalmente a plenitude da divindade...” É isto, habita em Jesus Cristo a plenitude da divindade. Continuamos na próxima.