quinta-feira, 31 de julho de 2014

Os 3 aspectos da Lei de Deus Parte2.


Semana passada terminamos a postagem vendo que os mandamentos de Deus estabeleciam as normas de relação entre Deus e o homem e entre os homens entre si (normais sociais).  Lembre-se que a sociedade da época do êxodo era tremendamente brutal,  a vida humana não tinha valor entre os povos de Canaã, imperava a lei do mais forte, um povo subjugava a outro e as mulheres eram escravizadas junto com as crianças.
Então neste contexto de mundo, em uma sociedade longe do seu criador, Deus aparece para um homem (Moises) para cumprir a promessa feita a outro homem (Abraão) e lhe diz para retirar os descendentes de Abraão do Egito,  lhe da normas de relação com ele (Deus) e diz ao povo, guarde um dia para cultuar (sábado) ,  honre teu pai e tua mãe,  não cobice as coisas do teu próximo, etc. etc...  Ou seja: sejam diferentes de todos os povos que estão em redor de vocês !  Na verdade era isto que os mandamentos queriam para o povo, o propósito do criador era que aquele povo fosse diferente.
Por isto existe o aspecto da Lei que os estudiosos chamam de Lei civil, temos o exemplo em Êxodo 21,  Deus ordenou que quando alguém comprasse um escravo hebreu,  ele iria servir por seis anos, no sétimo sairia livre, e se fosse casado à mulher iria sair com ele !,  Nesta época a escravidão era admitida (como os homens estavam longe dos propósitos de Deus) mas note que o criador ordenou para o povo que no sétimo ano, o escravo deveria ser livre, nenhum outro povo fazia isto, assim este é um mandamento civil para o povo de Israel.
Temos ainda a Lei Cerimonial, em Êxodo 23:14 Deus ordenou que o povo celebrasse três festas,  a festa dos pães Asmos (páscoa) para lembrar a saída do Egito, a festa das primícias e a festa da colheita. Este cerimonial era somente para o povo de Israel !  Não se aplica a nos hoje, assim como o sábado foi uma ordem para o povo de Israel especificamente, guardar um dia para cultuar a Deus,  não é aplicado hoje, como muitos querem fazer. Guardar dias e dias, isto foi um cerimonial ok, para nós, todos os dias devem ser lembrados para agradecer e orar a Deus.
Por fim temos o aspecto moral da lei de Deus,  e este deve ser observado por todos nós ate hoje,  honrar pai e mãe, tratar o próximo com justiça,  não cobiçar e ser ganancioso, isto e dever de todo Cristão .
Este e o único aspecto da lei que permanece,  Cristo sintetizou toda a lei de uma forma que torna isto bem evidente: ‘tudo o que vos quereis que os homens vos façam,fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas.’Mateus 7:12.

Ate à próxima.







quinta-feira, 24 de julho de 2014

Os 3 aspectos da Lei de Deus.


Quando Deus chamou Moises no Sinai a primeira coisa que ele mandou Moises fazer foi voltar e marcar um termo (uma delimitação) para o povo não passar do ponto marcado. O texto de Êxodo 19 diz que com a presença de Deus todo o monte fumegava, o criador havia se manifestado em fogo, assim vendo aquilo o povo estava tremendamente curioso ! Provavelmente estava querendo subir atrás de Moises.
Mas ali com toda aquela manifestação de Poder o que Deus estava querendo do seu povo era santidade,  os mandamentos que Deus deu a Moises tinham três aspectos que às vezes ao lermos não nos damos conta.
O primeiro aspecto era que a lei tinha uma ordenança civil, especificamente para o povo de Israel, o segundo era o aspecto cerimonial e por fim o aspecto moral.
Assim podemos dizer que a Lei de Deus tinha três aspectos, o civil, o cerimonial e o moral.  O povo não entendeu nada, a saída do Egito e a passagem pelo deserto era um caminho de aprendizado para o povo conhecer aquele que estava se manifestando a eles como o Deus de Abraão e Jacó.
Quando Moises subiu no monte havia se passado apenas três meses que o povo havia saído do Egito.
O povo temeu a manifestação de Trovões e fogo e ficou de longe, Deus mandou Moises advertir o povo: “Vós tendes visto que, dos céus, eu falei convosco. Não fareis outros deuses comigo; deuses de prata ou deuses de ouro não fareis para vós.” Êxodo 20:22-23. Ele queria que o povo de Israel fosse diferente de todos os outros povos que ocupavam a terra de Canaã. Alem disto se observarmos os dez mandamentos vamos ver que os quatro primeiros mandamentos Deus se preocupa com a relação do homem com ele (Deus), ele procura definir que existe somente um Deus, e este era aquele que estava se manifestando ali,  com muito poder e sinais para que o povo não duvidasse !  Os outros seis mandamentos ele estabelece um padrão moral de convivência,  relação social, os homens deveriam honrar e respeitar o seu próximo que e a imagem e semelhança do Deus eterno.

Na próxima continuamos vendo um pouco mais dos três aspectos da lei.

quinta-feira, 17 de julho de 2014

Hamas e Israel o prelúdio de algo maior


Na ultima postamos sobre a situação da faixa de gaza que esta sob o risco de gerar um conflito de grandes proporções.
Mencionamos que o texto do sermão escatológico de Jesus abrange pelo menos dois assuntos,  a destruição do templo e os sinais de sua vinda.
Já falamos na postagem de Abril deste ano que o Sermão escatológico não esta em ordem de acontecimentos (isto é em ordem cronológica) Cristo fala de vários assuntos,  a perseguição dos discípulos, a destruição do templo (ocorrida mais de uma vez) a profanação predita pelo profeta Daniel.
A profanação já ocorreu uma vez por antioco epifanio, mas deve ocorrer novamente no futuro.
Note que em Mateus 24:15 o salvador diz: ‘Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel, está no lugar santo; quem lê, entenda; Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; Mateus 24:15-16.
Esta abominação interrompera o culto no templo, e ira marcar o inicio de uma grande perseguição ao povo de Israel.
Veja o que o texto de Lucas traz: ‘Mas, quando virdes Jerusalém cercada de exércitos, sabei então que é chegada a sua desolação. Então, os que estiverem na Judéia, fujam para os montes; os que estiverem no meio da cidade, saiam; e os que nos campos não entrem nela. ’ Lucas 21:20 e 21.

Os dois textos estão falando do mesmo assunto,  e como sempre um esta complementando o outro,  em Mateus Jesus diz que vai se cumprir o que falou o profeta Daniel  (Daniel 9:27), sobre uma abominação no templo, e em Lucas é mencionado que Jerusalém ira estar cercada de exércitos,  a única maneira de o templo ser profanado e Israel estar cercado por exércitos inimigos,  o povo de Israel jamais deixaria isto acontecer de outra forma.

Gente boa de Deus o conflito que esta ocorrendo em Gaza nada mais é que o prelúdio deste conflito narrado em Mateus e Lucas,   os árabes irão se unir com um único propósito destruir Israel.
Mas antes de isto acontecer, pode esperar que haverá uma falsa paz mundial, promovida por um grande líder,  este líder será talvez um grande estadista, que antes de tudo vai dar um alento econômico ao mundo, pois é necessário que  antes do conflito bélico o mundo sofra um colapso financeiro.
Este colapso vai ser o pano de fundo para a manifestação de um líder político extremamente inteligente que vai surgir com uma via alternativa ou terceira via entre o capitalismo e o comunismo. Que vai gerar uma falsa estabilização econômica, e após isto uma falsa paz.
Espero que nos que estudamos as escrituras possamos ficar atentos, não se engane, quando ele falou da geração que não passaria sem ver todas estas coisas, o salvador estava falando daqueles que nasceram nos últimos anos.
Nossos queridos filhos são esta geração !

Abraços. 

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Se a ONU não apagar o estopim o Barril de Pólvora poderá detonar


Amigos do blog vou interromper as postagens sobre a justificação pela fé.
Para entrar novamente no espinhoso assunto escatológico... Agora que o Brasil saiu da copa, podemos olhar com maior cuidado o cenário que esta se formando ali no oriente médio.
O Hamas (grupo extremista que deseja ardentemente a destruição de Israel do mapa) com o apoio do Irã que por sua vez recebe apoio da Rússia e China.
Esta conseguindo mísseis que estão alcançando a parte norte de Israel, quase na fronteira com o Líbano. Isto torna a situação gravíssima, antes o Hamas possuía mísseis com o alcance extremamente limitado (10 a 15 km) e quando lançavam fazia pouquíssimo estrago nas principais cidades israelenses.
Mas como este grupo recebe apoio do Irã, alguns mísseis com tecnologia chinesa foram parar na mão destes radicais, e isto esta deixando o governo Israelense preocupado.  A consequência disto e que Israel esta bombardeando a faixa de gaza há vários dias e causando grande devastação. Em contrapartida o Hamas esta lançando dezenas de mísseis sobre Hebron e Tel-aviv e só não causou maiores estragos porque a Artilharia antimísseis de Israel consegue abater no ar 90% dos mísseis lançados pelo Hamas.

O que isto tem a ver você poderá perguntar ?  Tudo a ver com o que Cristo falou no chamado ‘sermão escatológico’.
Em Mateus 24 e Lucas 21,  os discípulos mostram a suntuosidade do templo construído pelo rei Herodes o grande, a isto o salvador respondeu que não iria ficar pedra sobre pedra.
Os discípulos então interrogaram ‘quando serão estas coisas e que sinal haverá da tua vinda...’ Mateus 24:3.  Já Lucas traz ‘quando serão estas coisas e que sinal haverá quando isto estiver para acontecer...’ Lucas 21:7.
Então concluímos que o texto de Mateus 24 e Lucas 21 se refere a dois eventos (pelo menos) a destruição do templo e os sinais da vinda de Cristo.
A situação atual em gaza e tão grave que hoje (10/07) o conselho de segurança da ONU ira se reunir para avaliar a situação,  espero que consigam jogar água nos ânimos do Hamas e do governo israelense, pois do contrario aguardem, pois este conflito é apenas o estopim de um barril que esta prestes a estourar.
Na próxima voltamos a olhar os textos de Mateus 24 e Lucas 21.
E o que isto tem a ver com Israel e os árabes.



quarta-feira, 2 de julho de 2014

Doutrina da Justificação pela Fé Parte 2.


A síntese da mensagem do evangelho, na concepção paulina, é que a justificação é obra da graça de Deus. Qualquer tentativa de alcançá-la através de outro caminho aponta para a auto-suficiência, levando o homem ao pecado.
Este fator, no entanto, direciona para um total fracasso humano na tentativa de adquirir a justificação que não seja através da graça meritória de Cristo. Paulo entende que um relacionamento sadio, só pode ser adquirido em sua totalidade através de uma incondicional dependência com Cristo mediante a fé. O que acarreta dizer que as exigências do cumprimento da lei só serão satisfatórias em Cristo que cumpriu toda a lei e consequentemente o cumprimento das promessas em Abraão. Com este conceito, Paulo expressa que, em Cristo, o Deus do Antigo Testamento é fiel à sua promessa e se compromete judicialmente com o homem em absolvê-lo da condenação da lei, gerando assim, uma nova aliança como descreve VanGemeren:

‘A nova aliança é a administração soberana da graça e da promessa por meio da qual o Pai consagra o seu povo a si mesmo por intermédio tanto do sangue do Senhor Jesus, como da presença do Espírito Santo para a glória que ele preparou para os eleitos.[1]

Assim sendo, a absolvição resulta em liberdade da lei, pois, para Paulo a lei nunca teve um sentido fundamentalmente soteriológico.
Ele não podia aceitar o fato de que os fariseus e, até mesmo, os cristãos primitivos pensassem que a salvação oferecida por Deus fosse fruto e conseqüência dos méritos pessoais obtidos pela obediência e submissão à lei e muito menos quando o homem supera suas culpas e infidelidades pelo cumprimento da lei, a fim de sentir-se salvo e amigo de Deus.

Afonso Garcia Rúbio, entende que “a liberdade vem de Jesus Cristo, da ação do Espírito em nós, não da auto-suficiência proveniente do cumprimento da lei”.[2]

Em Síntese, a lei não tem qualquer poder salvífico, ou seja, a lei nunca foi o fator predominante para que o pecador pudesse adquirir vida. A lei condena o homem e ela é impossível de ser cumprida. Com a lei ninguém se justifica e, nesse caso, o fator primordial é o próprio Cristo que na plenitude de Deus se encarnou e veio ao mundo para resgatar todos que estavam sob a lei, como descreve Gl. 4:4-5.


Continuamos na proxima.


[2] RUBIO, Alfonso Garcia. Elementos de Antropologia Teológica. p. 92