Semelhantemente a Justino Atenagoras não abandonou a
filosofia pelo fato de se ter convertido ao cristianismo. Em seus escritos
tentou convencer o imperador a deixar de perseguir os cristãos, salientando o
fato que o Deus dos cristãos era muito semelhante ao Deus no qual o próprio imperador cria. São algumas das ideias de
Atenagoras:
Grande ênfase na perfeição e transcendência de Deus “reconhecemos
um só Deus, não criado eterno, invisível, impassível, incompreensível,
ilimitado que é aprendido somente pelo razão e pelo entendimento, por quem o universo foi criado mediante o seu
logos, estabelecido na ordem e mantido em existência..”4 Tal descrição compromete a natureza pessoal
do Deus da Bíblia (invisível,
impassível) bem como dificulta a compreensão da humanidade de Cristo.
Uma primeira explicação do mistério da Trindade “Reconhecemos
um Deus e um filho que é seu logos, e um
Espírito Santo, unidos em essência: o
pai, o filho, o Espírito, porque o filho
é a inteligência, razão e sabedoria do pai e o Espírito é uma emanação como a
luz é o fogo”.
No afã de salientar o monoteísmo cristão e não afetar a unidade de Deus, Justino negligenciou a personalidade tanto do
filho (chamando-o de inteligência e razão) quanto à personalidade do Espírito
(chamando-o de emanação).
Continuamos na proxima com o ultimo apologista de nossa serie Teofilo de Antioquia.
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