No grego
apologia significa “defesa verbal”. Os
chamados apologistas na historia da teologia eram, portanto, escritores do
século II que procuravam defender o cristianismo dos ataques dos intelectuais. Em seus escritos encontramos uma
estratégia que lhes foi bastante peculiar: a tentativa de explicar o
cristianismo através de elementos da filosofia grega, chegando ao ponto de
considerar o Cristianismo como a melhor filosofia.
Deus e logos
O conceito
de logos foi a chave usada pelos
apologistas para explicar a universalidade da fé cristã e esclarecer um serio
problema teológico: o relacionamento
entre Deus pai e o Filho.
No
pensamento grego (estoico), logos viria a ser a razão universal, ou seja,
o poder divino presente na realidade toda, a alma do mundo, a qual se manifestaria na lei da natureza, na
lei moral, lei natural. Mais tarde o apostolo João ao escrever o seu evangelho,
utilizou-se desse termo (logos) como titulo de Jesus Cristo. Segundo o parecer dos apologistas e de
vários estudiosos, ao utilizar essas
palavras gregas (logos, Theos) ao invés de palavras hebraicas, o apostolo
João estaria apresentando o cristianismo como cumprimento e não como destruidor
da filosofia grega. Nas palavras de João, a universalidade do cristianismo
aparece como algo inquestionável.
Portanto segundo os apologistas, Jesus Cristo seria o logos do qual
falaram as inúmeras vertentes da filosofia
grega. Como em todas elas o logos era uma espécie de “mediador entre o Deus
único e a criação” o termo resultou ser bastante apropriado. Já que a bíblia
descreve Cristo como mediador entre Deus e os homens. I Tm.2:5.
Dentre muitos apologistas vamos analisar o pensamento de três
que foram mais destacados Justino Mártir, Atenagoras de Atenas e Teófilo
de Antioquia.
Contiuamos na proxima !