sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A Cidade de Corintios

O Livro de Atos dos apostolos no capitulo 18 relata que Paulo fundou a igreja de Corintios durante sua segunda viagem missionaria (provavelmente entre os anos  52 e 55 d. C.). O apostolo teria permanecido ali durante 18 meses conforme Atos 18:1 a  8.
Na cidade de Corinto a oposição dos judeus foi grande ao evangelho a ponto de levarem paulo ao Governador da cidade.
Como era a cidade de Corinto ?
Corinto era uma importante cidade e junto com Roma, Efeso e Antioquia fazia parte do quadrado de cidades mais importantes do imperio naquela epoca,  a cidade era importante devido a sua localização
A cidade localizava-se em um istmo, que é uma porção de terra que liga uma península ao continente. Possuía dois portos. Assim, além de ser a única passagem por terra entre o norte e o sul da Grécia, era também passagem entre a Ásia, a Palestina e a Itália. Os navegantes poderiam dar a volta pelo sul da península. Porém, o mar na região era muito tempestuoso. Corinto era então um corredor de mercadorias. Além disso, suas terras eram férteis. A cidade era rica e tinha localização estratégica no cenário mundial.
A idolatria fazia parte da cultura grega com seus inúmeros deuses mitológicos. Ao sul de Corinto havia uma colina chamada Acrocorinto, que se elevava a 152 metros acima da cidade. Ali estava o templo de Afrodite, também chamada Astarte, Vênus ou Vésper, – deusa do amor e da fertilidade.
Os cultos a Afrodite incluíam ritos sexuais realizados por 1000 sacerdotisas, ou seja, prostitutas cultuais. O fato de ser cidade portuária, contribuía para que umas séries de problemas se estabelecessem. Muitos viajantes que por ali passavam se entregavam à prostituição e à prática de outros delitos. O fato de estarem de passagem criava uma sensação de impunidade, o que de fato se concretizava normalmente. Estes e outros fatores contribuíam para uma corrupção generalizada na cidade.
A igreja foi corrompida pelos costumes
A cultura de Corinto misturava religião e imoralidade. Além disso, a vida passada (6.9-11) de muitos daqueles irmãos constituía um ponto fraco, motivo pelo qual alguns (ou muitos?) se deixaram levar pelos pecados sexuais. 
O problema sexual deturpava também o conceito de amor. Afrodite era considerada a deusa do amor e este possuía uma conotação principalmente sexual. 
As mulheres oficiavam os cultos a Afrodite. Eram 1000 sacerdotisas que se prostituíam no templo. Além disso, as prostitutas proliferavam-se pela cidade. Estudiosos comentam que quando uma mulher usava o véu, isso significava que ela estava submissa a um homem, quer seja seu marido, seu pai ou um parente responsável. Quando se via uma mulher sem véu e com o cabelo tosquiado ou mesmo raspado, já se deduzia que a mesma estava totalmente disponível. 
Sendo assim, as mulheres cristãs precisavam agir com modéstia, precisavam usar o véu e manter seus cabelos compridos. Nos cultos não lhes seria dado lugar de destaque ou liderança. Não se poderia deixar que o estilo pagão de culto influenciasse a igreja. O uso do véu era importante naquele contexto cultural. 
Deixar de usá-lo naqueles dias seria motivo de mal testemunho ou escândalo. Então, era prudente que as mulheres cristãs usassem o véu. Podemos comparar isto ao uso da aliança hoje como sinal de compromisso matrimonial. Se o homem casado ou a mulher casada deixam de usar aliança, não estarão desobedecendo a um mandamento bíblico específico mas estarão levantando suspeitas e maus juízos, o que não é edificante para o cristão nem para o evangelho.
Muitos por desconhecer este contexto cultural, aplicam este costume hoje em dia, afirmando que a mulher deve usar veu, (como vimos o veu era sinal de mulher com compromisso) outros que a mulher não deve cortar o cabelo, isto e pura falta de conhecimento.
Reforça-se então a necessidade que temos de extrair os princípios que tais passagens nos trazem e não sua aplicação literal. Paulo está ensinando o uso do bom senso em relação aos costumes culturais.


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