Na cidade de Corinto a oposição dos judeus foi grande ao evangelho a ponto de levarem paulo ao Governador da cidade.
Como era a cidade de Corinto ?
Corinto era uma importante cidade e junto com Roma, Efeso e Antioquia fazia parte do quadrado de cidades mais importantes do imperio naquela epoca, a cidade era importante devido a sua localização
A cidade localizava-se em um istmo, que é uma porção de terra que liga
uma península ao continente. Possuía dois portos. Assim, além de ser a única
passagem por terra entre o norte e o sul da Grécia, era também passagem entre a
Ásia, a Palestina e a Itália. Os navegantes poderiam dar a volta pelo sul da
península. Porém, o mar na região era muito tempestuoso. Corinto era então um
corredor de mercadorias. Além disso, suas terras eram férteis. A cidade era
rica e tinha localização estratégica no cenário mundial.
A idolatria fazia parte da cultura grega com seus inúmeros deuses
mitológicos. Ao sul de Corinto havia uma colina chamada Acrocorinto, que se
elevava a 152 metros acima da cidade. Ali estava o templo de Afrodite, também
chamada Astarte, Vênus ou Vésper, – deusa do amor e da fertilidade.
Os cultos a Afrodite incluíam ritos sexuais realizados por 1000
sacerdotisas, ou seja, prostitutas cultuais. O fato de ser cidade portuária,
contribuía para que umas séries de problemas se estabelecessem. Muitos viajantes
que por ali passavam se entregavam à prostituição e à prática de outros
delitos. O fato de estarem de passagem criava uma sensação de impunidade, o que
de fato se concretizava normalmente. Estes e outros fatores contribuíam para
uma corrupção generalizada na cidade.
A igreja foi corrompida pelos costumes
A cultura de Corinto misturava religião e imoralidade. Além disso, a vida
passada (6.9-11) de muitos daqueles irmãos constituía um ponto fraco, motivo
pelo qual alguns (ou muitos?) se deixaram levar pelos pecados sexuais.
O problema sexual deturpava também o conceito de amor. Afrodite era
considerada a deusa do amor e este possuía uma conotação principalmente sexual.
As mulheres oficiavam os cultos a Afrodite. Eram 1000 sacerdotisas que se
prostituíam no templo. Além disso, as prostitutas proliferavam-se pela cidade. Estudiosos comentam que quando uma mulher usava o véu, isso significava
que ela estava submissa a um homem, quer seja seu marido, seu pai ou um parente
responsável. Quando se via uma mulher sem véu e com o cabelo tosquiado ou mesmo
raspado, já se deduzia que a mesma estava totalmente disponível.
Sendo assim, as mulheres
cristãs precisavam agir com modéstia, precisavam usar o véu e manter seus
cabelos compridos. Nos cultos não lhes seria dado lugar de destaque ou
liderança. Não se poderia deixar que o estilo pagão de culto influenciasse a
igreja. O uso do véu era importante naquele contexto cultural.
Deixar de usá-lo
naqueles dias seria motivo de mal testemunho ou escândalo. Então, era prudente
que as mulheres cristãs usassem o véu. Podemos comparar isto ao uso da aliança
hoje como sinal de compromisso matrimonial. Se o homem casado ou a mulher
casada deixam de usar aliança, não estarão desobedecendo a um mandamento
bíblico específico mas estarão levantando suspeitas e maus juízos, o que não é
edificante para o cristão nem para o evangelho.
Muitos por desconhecer este contexto cultural, aplicam este costume hoje em dia, afirmando que a mulher deve usar veu, (como vimos o veu era sinal de mulher com compromisso) outros que a mulher não deve cortar o cabelo, isto e pura falta de conhecimento.
Reforça-se então a necessidade
que temos de extrair os princípios que tais passagens nos trazem e não sua
aplicação literal. Paulo está ensinando o uso do bom senso em relação aos
costumes culturais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário