Hoje e comemorado o dia deste “Santo”,
e muitos entram em igrejas romanas para fazer oferendas e pedir alguma “graça”
desta entidade que é chamada de “santo guerreiro”.
Queria antes de tudo explicar que
coloco entre aspas, porque não considero verdade os ditos do povo sobre esta
entidade, e chamo de entidade da mesma
forma que chamei a yemanja (postagem de fevereiro de 2012).
Tudo que temos sobre o Jorge de Anici (esta seria o nome dele) não temos certeza se é verdadeiro. Ele teria
sido um soldado romano na época do imperador Diocleciano, que foi torturado e morto por sua fé. Diocleciano e Domiciniano foram vorazes
perseguidores da fé cristã e milhares de seguidores de Jesus morreram por ordem
destes imperadores.
Mas se Jorge de Anici foi mesmo
um seguidor de Jesus ele deve estar
muito revoltado com o que fizeram com ele, tornando um “santo” e o adorando.
Nem mesmo o Apostolo Pedro que os
católicos chamam de “primeiro papa” quis ser adorado quando chegou à casa de Cornélio
(Atos 10:25 e 26) , muito mais ele que foi um soldado que não negou sua fé, iria querer toda esta adoração.
Sincretismo com Ogum
No Brasil os rituais do Candomblé
e da Umbanda trazidos pelos escravos
foram por eles misturados à fé dos católicos, não querendo ser
maltratados pelos seus senhores, os escravos recorreram ao sincretismo para
poder cultuar seus “deuses e orixás”
assim ogum, que seria o orixá guerreiro passou a ser associado a Jorge de Anici ou são Jorge como assim o chamam.
Cabe lembrar que de acordo com as
escrituras (bíblia) nenhum outro homem ou suposto “santo” deve ser adorado,
apenas o salvador Jesus Cristo, o Santo
dos Santos, o verdadeiro Senhor de tudo
e que deve receber nossa adoração.
A adoração a “santos e mártires”
nunca existiu ate o século terceiro, quando o decreto do imperador Constantino terminou a perseguição romana e tornou o
Cristianismo religião oficial do império, com isso muitos que adoravam os
deuses romanos, passaram a frequentar as
igrejas cristãs e com isso começou o processo de adoração de santos e mártires...
A coisa foi se tornando fora de controle
a tal ponto que séculos mais tarde o Papa Alexandre III (1159-1181) então
proibiu veneração determinando que ela só pudesse ocorrer com a autorização da
Igreja Romana, a partir desta época a igreja católica tentou colocar ordem no “samba
do crioulo doido” (desculpem não resisti
fazer esta analogia) que se tornou a adoração de santos.
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