terça-feira, 31 de janeiro de 2012

O Vento Sopra onde quer .Parte 2.


 A resposta de Jesus no verso três soa como a chave para toda a discussão: "Em verdade, em verdade te digo que se alguém não nascer de novo [ou 'do alto'; grego gennethe anothen], não pode ver o reino de Deus". Gennethe é uma forma aoristo passivo de gennao, que quer dizer tanto "gerar" quanto "nascer". As diversas versões tomam esse verbo como sentido de "nascer"; o versículo quatro mostra que era essa exatamente a intenção do autor. Anothen significa literalmente "do alto"; pode também significar "outra vez" ou "de novo". No Evangelho de João, a palavra anothen é usada três vezes no capítulo 3 (nos versículos 3, 7 e 31); é também usada três em 19:11 e 19:23. Nas três últimas vezes inquestionavelmente significa "do alto". Concluo que em 3:3 e 7, as palavras de Jesus podem ser traduzidas por "nascidos do alto". A expressão incluiria o pensamento de que alguém precisa nascer de novo, mas indica especificamente o fato de que esse novo nascimento é um nascimento do alto.
Jesus está dizendo a Nicodemos que ele não pode sequer começar a ver o reino de Deus que Ele, Jesus, está introduzindo, nem as realidades espirituais do reino a não ser que nasça do alto. A forma aoristo do verbo, gennethe, mostra que o novo nascimento é uma ocorrência singular, acontecendo de uma vez para sempre. A voz passiva do verbo nos diz que essa é uma ocorrência em que o papel do ser humano é totalmente passivo. De fato, o verbo usado, mesmo sem voz passiva, diz a mesma coisa. Não escolhemos nascer; nada temos a ver com o nosso nascimento. Somos completamente passivos em nosso nascimento natural. Da mesma forma acontece com nosso nascimento espiritual. O advérbio anothen diz que o novo nascimento é do alto: um nascimento "do céu", distinguindo do nascimento natural, que é da terra.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Vento Sopra onde quer


No evangelho de João no capitulo três Cristo fala com um mestre da lei um grande estudioso da Tora hebraica, mas que não compreendia a essência da lei que era ter o coração voltado para o criador.
Nicodemos não entendia como o homem poderia nascer de novo, ora cristo comparou o nascimento do Cristão, com a origem do vento não da para definir o momento que o vento surge, como aconteceu, assim acontece quando o Criador faz o milagre do novo nascimento. Na criação do homem Deus soprou em suas narinas e o homem foi feito alma vivente. Genesis 2:7.
Esta partícula divina, após a rebelião do homem foi adormecida, mortificada, podemos dizer inabilitada pelo afastamento do homem do criador.
Assim perdemos nossa dimensão espiritual e Cristo veio para nos resgatar desta condição, através de seu Espírito ele nos faz nascer de novo!  Mas como é este processo, Nicodemos, o fariseu, principal dos judeus, veio a Jesus de noite. Suas declarações iniciais evidenciam respeito por Jesus como mestre, mas mostravam falta de entendimento quanto à verdadeira missão de Cristo: "Rabi, sabemos que és mestre vindo da parte de Deus; porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes se Deus não estiver com ele" João 3:2.
Apesar de ter tentado “bajular” Jesus, Nicodemos tinha sinceridade no seu coração e Cristo atentou para isto.
Na próxima vamos examinar a resposta de Cristo e analisar o vocábulo no original Grego.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

A liberdade Religiosa e a Homofobia.


Em nosso pais temos liberdade religiosa e de culto, esta foi conquistada no século passado, através do Decreto 119-A, de 1890, de autoria de Ruy Barbosa. E se tornou norma constitucional com a Constituição de 1891, que transformava, inclusive, o Brasil em um Estado Laico, portanto, sem uma religião oficial definida por lei. Hoje a liberdade religiosa é algo amplamente difundido no ordenamento jurídico. Em nossa Constituição Federal podemos citar o artigo 5°:
Art. 5° - Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
 (...)  
VI- é inviolável a liberdade de consciência de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a sua liturgias;
Devemos sim mostrar que  fora do que foi criado por Deus, Homem e mulher, um terceira opção, não é natural, não é normal, pois as escrituras dizem que o desejo contrario a natureza, homem com homem e “torpeza” Conforme Romanos 1:27.
Mas isso deve ser feito com todo o cuidado, devemos amar aqueles que acham uma terceira opção sexual normal, amar no sentido Cristão que fique bem claro! Não sendo agressivo e nem provocando ira para com aqueles que não conhecem o amor de Deus.
Entendemos que Cristo ensinou a amar a todos e não se deve fazer acepção de pessoas, independente da opção sexual, devemos ter o amor de cristo para com” publicanos e pecadores”. Marcos 2:16. Ele mesmo foi por isso questionado pelos religiosos da época.
Somos contra qualquer tipo de Homofobia e de tratamento diferenciado em virtude de opção sexual, mas também entendemos que a constituição assegura o direito de culto, e se em minha liturgia que é baseada nas escrituras eu não posso expressar que uma terceira opção sexual não e natural e que de  acordo com a minha fé isso e contrario ao que Deus ordenou aos homens, então eu estarei sendo privado de minha liberdade de culto.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Profecia Maia 2012.

Entramos em 2012 e está chegando a hora dos místicos e dos profetas do caos incitar que teremos uma mudança climática extrema.  Entendemos que isso é uma meia verdade, sabemos que as mudanças climáticas estão acontecendo gradualmente por conta do aquecimento global e que a natureza não terá como repor os recursos que são exauridos com a demanda de tecnologia atual.

Os Maias eram uma civilização pré-colombiana, que tinham uma natureza mística e profundamente religiosa, estudavam os astros e tinha grande interesse por Venus o objeto mas brilhante depois do sol e da lua. Produziram muitos códices (livros desdobráveis que eram escritos em hieróglifos maias). Os três principais são os códices de Desdrém, de Madri e de Paris. Segue abaixo foto de uma folha do códice de Desdém. 

http://www.elefantesdepapel.com/wp-content/gallery/Codice%20Dresde/Dresde-13.jpg

Mas o que dizem os maias? Esta civilização possuía um calendário que estudava os ciclos dos planetas e em determinados ciclos previam grande mudanças climáticas, na verdade com o fim de um ciclo haveria o começo de outro e não o fim. Aproveitando-se do calendário maia que encerra seu ciclo em 21 de dezembro de 2012 os especuladores divulgam diversos fatos como se fossem verídicos atribuindo até uma falsa autoria aos maias, vejamos,

- Um planeta Gigante se aproximara da Terra (Nibiru ou planeta X) Este já teria sido detectado por civilizações antigas (especialmente os sumérios).

- Um alinhamento de planetas ira colocar a terra no centro da Galáxia.

- Em 2012 haverá uma gigantesca tempestade solar que ira afetar drasticamente a terra.

A NASA desmentiu completamente a possibilidade de existência de um planeta X, temos satélites orbitando a terra e o Hubble com suas potentes lentes, caso existisse este planeta, certamente já o teria  detectado. (link abaixo, o texto esta em inglês)

 http://www.nasa.gov/topics/earth/features/2012.html

O cientista sênior da NASA, Don Yeomans, também desmentiu um alinhamento dos planetas em 2012, o texto esta no link acima.

Um dos poucos eventos que tem alguma probabilidade de acontecer é a tempestade solar, nosso astro tem ciclos de atividade máxima que ocorrem de 11 em 11 anos, e esta previsto pelos cientistas que haverá um ciclo intenso, (denominado Maximo solar) que deve ocorrer entre 2012 e 2013, haverá risco sim de uma grande tempestade magnética afetar as comunicações na terra.                            

Conclusão

Sabemos que a escritura diz que haverá diversos eventos da natureza que irão afetar nosso planeta, terremotos, vulcões, maremotos, fome e peste, mas todas estas coisas são o principio das dores. Mateus 24: 7 e 8. Os eventos do calendário maia serviram como pretexto para diversos grupos místicos, exotéricos, ufólogos e afins, difundirem suas crenças mirabolantes e induzirem muitos ao erro, os próprios maias adoravam diversas divindades e não tinham conhecimento do criador que se revelou nas escrituras.

 

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

A Teologia da dispensação parte 3. A igreja herdou as promessas de Israel ?


Lembram quando Deus chamou Abraão em Genesis 17:4 Ele lhe disse que seria “pai de muitas nações.”, ora ele não seria pai apenas de Israel, mas antes disso, no capitulo 15 quando ele estava se lamentando por não ter nenhum descendente, Deus lhe diz “sai para fora e conta as estrelas...” dizendo que ele seria pai de uma grande multidão, a frente, nos versos treze e quatorze, ele fala que a descendência de Abraão será escrava por 400 anos, mas que Deus julgara a nação que a escravizará. Conforme Genesis 15:13:14.
Ora mesmo ele sendo pai de muitas nações, havia uma promessa para a descendência direta de Abraão, (os hebreus) e esta promessa não seria esquecida por Deus. Assim ocorreu com os profetas do velho testamento, Deus executa juízo sobre Israel e Judá, mas lembra a eles que tem um futuro com Deus quando se voltam a ele, e que ele por amor de Davi não desampararia seu povo. Conforme Isaias 37:35.
No capitulo onze de Romanos, Paulo começa com a seguinte pergunta Rejeitou Deus o seu povo ? De maneira nenhuma, antes ele não rejeitou o seu povo que de antemão conheceu, Romanos 11: 1 e 2.
Este capitulo e fundamental para tentarmos entender o futuro de Israel na era da igreja, pois ele afirma que Deus lhes deixou com espírito de sono profundo, para que viesse a redenção também a nós, e também afirma “Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio à salvação aos gentios, para incitá-los à emulação. E se a sua queda é a riqueza do mundo, e a sua diminuição a riqueza dos gentios, quanto mais a sua plenitude!” Romanos 11:11-12.
O que temos aqui, senão a afirmação que haverá uma restauração para o povo de Israel, e que se através de sua queda veio à salvação, o que não vira quando este povo for restaurado !
“Porque, se a sua rejeição é a reconciliação do mundo, qual será a sua admissão, senão a vida dentre os mortos? E, se as primícias são santas, também a massa o é; se a raiz é santa, também os ramos o são. E se alguns dos ramos foram quebrados, e tu, sendo zambujeiro, foste enxertado em lugar deles, e feito participante da raiz e da seiva da oliveira,” Romanos 11:15-17
Texto deveras importante, a rejeição de Israel é a reconciliação do mundo,(reconciliação) o termo vem do grego Kata alasso (mudar, alterar, transformar), nos fomos enxertados na oliveira, e com isso mudou nossa comunhão com o criador, mudamos de status, quando nos reconciliamos com alguém passamos a ter comunhão.
“E também eles, se não permanecerem na incredulidade, serão enxertados; porque poderoso é Deus para torná-los a enxertar.
Porque, se tu foste cortado do natural zambujeiro e, contra a natureza, enxertado na boa oliveira, quanto mais esses, que são naturais serão enxertados na sua própria oliveira!” Romanos 11:23.24.
Como não entender esta palavra? Porque muitos ainda tem duvidas quanto à restauração de Israel, o texto é claro, se eu e você que somos “zambujeiro” fomos enxertados na boa oliveira, como não serão os seus próprios ramos?

Conclusão:
Existe um propósito único de redenção da humanidade que ate mesmo antes da queda (Genesis 3) começou a ser revelado.
No antigo testamento temos muitas pistas deste propósito, contudo não era claramente revelado, ate que veio o Messias e pelo seu Espírito começou a ficar claro, que a redenção e a eleição de Deus foi para toda a humanidade, no entanto por causa da promessa feita aos patriarcas ele usou o povo Hebreu para revelar-se gradualmente aos homens, mas seu povo não entendeu este propósito.
Assim ele incitou a emulação (ciúmes),no seu povo com a entrada dos gentios, Rm11:11. Mas seu propósito é também traze-los.
Existem promessas feitas a Israel que de modo nenhum se encaixam na igreja, ainda que Israel esteja “adormecido”, as promessas não serão esquecidas por Deus, apesar de a igreja ser o Israel espiritual conforme diversas passagens do NT. Este povo tem um futuro prometido por Deus, e haverá no futuro um remanescente que será restaurado, hoje eles são inimigos por causa do evangelho e por nós, mas no futuro eles serão amados e restaurados por causa da promessa feita aos pais. Conforme Romanos 11:28



terça-feira, 3 de janeiro de 2012

A Teologia da dispensação. Parte2


A teologia da dispensação divide a historia da humanidade em sete períodos ou dispensações.
São elas: Inocência, Consciência, Governo Humano, Promessa, Da Lei, a Graça (atual) e finalmente a do Reino (que se iniciara com a segunda vinda de Cristo). Para cada dispensação o homem seria testado em sua obediência com relação a alguma revelação especifica.
O dispensacionalismo e a grande espinha dorsal da escatologia moderna têm seus méritos, e o principal deles e fazer um esquema fácil de entender quanto ao plano divino da redenção humana. No entanto tem alguns pontos que não são claros nas escrituras e que devemos encarar como uma linha de interpretação particular.
Em que momento ocorre o arrebatamento?  A igreja não passa pela grande tribulação? A segunda vinda ocorre em dois momentos? Todos estes pontos não são claros nas escrituras e não podemos dar uma afirmação categórica sobre eles, podemos sim dar nossa visão baseada em uma linha de interpretação sobre o que a escritura nos deixa vislumbrar, (o que não é muito) procurando juntar as peças que são mostradas em diversos pontos do texto bíblico.
Cabe observar que a visão escatológica nas escrituras não é cronológica, ela é progressiva, tem um desenvolvimento crescente, mas não seqüencial.
A grande discussão que divide teólogos de diversas vertentes com relação à escatologia e a seguinte questão: a igreja passou a ser o novo Israel? As promessas do Antigo testamento são para o povo Hebreu ou igreja herda estas promessas? Este é o ponto de maior tensão, pois se tivermos condição de responder a esta pergunta, também vamos ter condição de vislumbrar melhor o futuro da igreja no plano de redenção que começou na cruz e que só será concretizado nas bodas do cordeiro.
Diversas passagens no Novo Testamento sinalizam que não existem mais dois povos, mas que em Cristo, todos somos um, conforme Gálatas 3:28, em Efésios temos: “na sua carne desfez a inimizade, isto é, a lei dos mandamentos, que consistia em ordenanças, para criar em si mesmo dos dois um novo homem, fazendo a paz” Efésios 2:15. Na próxima vamos analisar o capitulo onze de Romanos, para tentarmos entender as promessas feitas a Israel.